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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Duas semanas de governo?





Duas semanas de governo?

Por Zé Carlos

Bem, vai começar a terceira semana do governo de Jair Bolsonaro. E é bom já ir tentando fazer uma análise do que foi feito nas semanas anteriores. A Eliane Cantanhêde faz isto no texto abaixo descrito, o qual eu achei muito cruel, mas, não muito menos verdadeiro. Além da ‘bateção’ de cabeças entre presidentes, vice-presidentes, ministros e outros, só se salvou mesmo a prisão do Cesare Battisti como ponto positivo.

Entretanto, temos muito tempo pela frente e espero que o Capitão mostre do que é capaz para desentortar este país, todo torcido pelas administrações do PT. Não podemos reclamar. Imaginem apenas se o Haddad tivesse ganho as eleições! Quem seria a Ministra da Família seria a Dilma. Eu ainda prefiro a Dalmares, se ela deixar as crianças vestirem a cor que quiserem, deixar a Teoria da Evolução em paz e descer rapidamente do pé de goiaba.

Quanto a Bolsonaro, deveria rapidamente arranjar um porta-voz, pois, pelo jeito, “ele e o Pelé, calados, são does poetas”. Eu penso que, também, fala melhor quem fala por último, neste caso. Ou melhor não deveria falar nada, pelo menos quando o Guedes e Sérgio Moro falarem, pois, ninguém ouve mesmo. Quanto aos outros ministros até pode falar alguma coisa pois parecem terem sido escolhidos a dedo para causar confusões. Todavia, penso eu, se o Mourão quiser falar muito, seria bom levá-lo para ser batizado no Rio Jordão.

Fiquem com a Eliane para um pequeno retrato de duas semanas de confusões, digo, governo, do Capitão e do General. Tenham um bom domingo e uma boa missa:


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“Queimando a largada
         
Por Eliane Cantanhêde

A estreia do governo Jair Bolsonaro produziu menos decisões e metas do que recuos e confusões. A sociedade, o mercado e o próprio governo não sabem até agora qual será a proposta para a Previdência, nem mesmo as idades mínimas para homens e mulheres e o regime para as três Forças. Mas todo mundo descobriu que o presidente fala sem pensar e estar devidamente informado, os ministros são obrigados a desmenti-lo e está uma confusão.

Dificuldades são comuns em qualquer começo, especialmente num governo que traz tantas mudanças, mas é além do razoável que a lista de equívocos e desmentidos cresça todo dia e seja maior do que a de projetos e metas. Os ministros parecem falar muito, mas dizer pouco. E alguns parecem ter como função desmentir os erros do presidente.

Mesmo a reunião do Conselho de Governo, que inclui o presidente, o vice e os 22 ministros, foi decepcionante. A expectativa era de que, no final, algum dos ministros (na falta de um porta-voz) desse uma luz sobre as prioridades em cada área: Educação, Saúde... Mas tudo o que anunciaram foi um projeto – que não é meta de governo – para flexibilizar a posse de armas, o que, aliás, pode aumentar o já alto número de mortes por armas de fogo.

Sem que o governo diga exatamente o que pretende, são inacreditáveis os erros da largada. Bolsonaro fala em IOF, IR e idade mínima para a Previdência e é desmentido pelo primeiro e segundo escalões, gerando mal-estar entre as equipes política e econômica. Acena com Base Militar dos EUA em solo pátrio e deixa os militares em choque, tentando resumir tudo a um “auê”.

Bolsonaro também suspendeu a reforma agrária, depois suspendeu a suspensão; jogou no ar restrições ao acordo Boeing-Embraer e só depois foi discutir o assunto com os ministros; o chanceler postou no Twitter que o presidente da Apex tinha pedido demissão, mas ele foi trabalhar normalmente; um vídeo antigo da ministra da Família contra a Teoria da Evolução provocou crítica até do colega de Ciência e Tecnologia.

Enquanto isso, o filho do presidente, seu ex-assessor Fabrício Queiroz e a família deste se recusam a prestar esclarecimentos ao Ministério Público e o filho do vice-presidente triplica salário em banco público. Sem falar no chefe da Casa Civil, que não explica por que as notas dos gastos de seu gabinete de deputado vieram de uma única empresa, da qual era o único cliente.

Nesta terceira semana, que o trem entre nos trilhos, Bolsonaro passe a falar com conhecimento do que está falando, os ministros comecem a anunciar seus planos e metas, cessem as confusões e o governo assuma alguma normalidade. Já está mais do que na hora.”

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