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sexta-feira, 31 de março de 2017

Cunha foi, e o Lula quando irá?




Por Zezinho de Caetés

Hoje o assunto não pode ser outro: A condenação do Cunha. Vejam bem a importância disto, analisando uma hipótese absurda: “O Cunha é a alma mais honesta do mundo!”. E se perguntarem a ele sobre honestidade ele poderá responder assim, como o faz atualmente, meu conterrâneo, o Lula.

Mas, se realmente o Cunha fosse um homem honesto, seria também um herói nacional. Afinal de contas ele teve decisiva participação no impeachment da incompetenta Dilma. Penso até que se não fosse ele, hoje seríamos uma Venezuela piorada, pelo nosso tamanho. Talvez, hoje até fosse o presidente da república. É,, mais voltemos à realidade, como teremos que voltar, brevemente para a realidade com o Lula.

Ontem o Sérgio Moro, mostrou serviço mais uma vez (o que o STF não mostra) e condenou o Eduardo Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão. O juiz disse que ele é corrupto, lavador de dinheiro e ainda evadia divisas, tudo isto, feito na compra de um campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobrás, em 2011.

Sempre a Petrobrás, nossa roubada e vilipendiada empresa que era para garantir que o Petróleo fosse nosso e recentemente, como se viu no Petrolão, decidiu-se que o petróleo seria do PT. Nunca na história deste país se roubou tanto de uma só empresa. Mas, a conta está chegando.

Eu já defendi isto antes e continuo defendendo em relação não só à Petrobrás, como em relação outras empresas e atividades que só trazem problemas ao Brasil, sob controle governamental. Vamos privatizar, gente! Vejam os Correios! Não pode mais ficar nas mãos dos pelegos de sempre. Temos que entrar numa era de eficiência, o governo está longe de conhecer esta palavra.

Em relação à Petrobrás, deveria ter sido privatizada a muito tempo, mas, nenhum governo teve a coragem de fazê-lo, nem mesmo o governo militar. Aliás, hoje é 31 de março. Alguém lembra quem faz aniversário hoje? Claro que não. A data correta é amanhã. Voltando à Petrobrás, até penso que o Temer, se está tendo a coragem de levar avante a Reforma da Previdência, que é essencial para manter minha aposentadoria por mais uns anos, também deveria enfrentar este pepino. Entraria para a História.

Vamos ver o que disse o Moro em seu despacho que é uma nova aula de “juridiquês” até para mim que não entendo quase nada da área:

"Considerando as regras do artigo 33 do Código Penal, fixo o regime fechado para o início de cumprimento da pena. A progressão de regime para a pena de corrupção fica, em princípio, condicionada à efetiva devolução do produto do crime, no caso a vantagem indevida recebida, nos termos do artigo 33, parágrafo 4º, do Código Penal."

Se entendi, para “progredir”, o Cunha tem que pagar o que roubou, o que é muito justo, e até justíssimo. Chega de pessoas roubarem para ficarem ricas e continuarem ricas na prisão. Assim, até o Eike Batista gostaria de ficar em Bangu. E o magistrado continuou:

"A corrupção com pagamento de propina de US$ 1,5 milhão e tendo por consequência prejuízo ainda superior aos cofres públicos merece reprovação especial. A culpabilidade é elevada. O condenado recebeu vantagem indevida no exercício do mandato de deputado federal, em 2011".

Imaginem só quantos anos poderá pegar o Lula se o Moro continuar pensando assim e concluir que “o condenado recebeu vantagem indevida no exercício do mandato de presidente da república”. Não é por outra que o Lula agora só pensa naquilo. Voltar ao Foro Privilegiado para correr do juiz. Reinaugura até obra para evitar descer para Curitiba, o que, pelo despacho do Moro, em relação ao Cunha, evitará uma pena máxima, que não sei nem quantos anos são. Só dou uma sugestão: Para presidente da república deveria ser prisão perpétua.

E continua o Sérgio Moro, no seu brilhante despacho:

"A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente."

Mutatis mutandis,  repito, já pensou quando chegar a vez do Lula!? E acrescento, e da Dilma? Presidência é mais importante, e não terá jeito, a pena será maior.

Entretanto, pela movimentação no Congresso em busca de aprovar uma Lei de abuso de autoridade, que pegue o Moro, ser parlamentar já é um bom cargo para se pegar uma pena boa. E eles estão em polvorosa.

Eu, fico imaginando aqui, seguindo o raciocínio da gradação da pena, não no Papa que se condenado, seria inferno perpétuo, mas, nos níveis inferiores de nossa política. Quanto anos seriam necessários, para uma justiça correta, para um vereador corrupto? Pela importância de alguns, haverá até trabalhos comunitários, sendo uma pena justa. Absolvição só para o homem comum, que acreditou neles.


Tenha um bom final de semana, que eu sei, nem o Cunha, nem político com rabo preso terá.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Ruim com o Temer, pior sem ele!




Por Zezinho de Caetés

Diante dos cortes explicitados ontem pelo Ministro da Fazendo, fazendo cumprir o que manda a Lei, ao dar conta de dois em dois meses de por onde vai o Orçamento, restaria muito pouca coisa a discutir. Ou seja, o que o Temer está dizendo, em seu mandato tampão, é que a Dilma foi impichada por não cumprir normas como esta e ele não quer que isto aconteça com ele.

E vou mais longe, ao defender, com algumas restrições de ordem comportamental (para mim ele demora muito a reagir e muitas vezes reage com fraqueza aos ataques petistas), o governo Temer. Ninguém pode dizer que ele não está tentando fazer a coisa certa dentro de um clima hostil de caça às bruxas, gerado pelas viúvas da boquinha petista. E isto não é fácil, para nenhum político.

E, neste meu curto introito ao texto da Helena Chagas (O Globo – “Pior sem ele, para todo mundo”) eu só posso concordar com ela. Se o Temer sair agora, por qualquer motivo, ou pelo principal, no momento, que é o processo de cassação da chapa Dilma/Temer, por ter sido eleita a base de propina e suborno, seria péssimo para todos.

Todos os não petistas e apaniguados sabem que era a Dilma que dava as cartas e que sabia de tudo, a não ser que ela queira dizer que era mais incompetenta do que o Lula quando diz que não sabia de nada. Ela sabia e é culpada, mas, verá a Justiça assim? Como sabemos nem sempre a justiça é justa, basta lembrar da justiça romana.

No entanto, há numerosas possibilidades jurídicas e legais de manter a elegibilidade do Temer e mandar a Dilma, por ser a cabeça de tudo, além da chapa, para cuidar do neto em Porto Alegre, permanentemente. E penso que isto vai ser o resultado, com este meu otimismo sempre exagerado. No final, o Temer fica e Dilma some para o bem do Brasil.

Mas, fiquem com a Helena que coloca com mais maestria outras possibilidades para dizer a mesma coisa: Ruim com o Temer, pior sem ele!

“Cassar um presidente da República não é um passeio - quanto mais dois, no espaço de apenas um ano. Um país que faz isso, ainda que dentro do receituário do Estado de Direito, corre o risco de passar ao mundo a impressão de que os avanços dos últimos anos eram só verniz e que, no fundo, nunca deixou de ser uma República bananeira. Paga-se um preço alto nessas horas: fuga de investimentos, impossibilidade de reformas, imprevisibilidade na economia e, sobretudo, uma tremenda e assustadora incerteza política.

Por todas essas razões, o establishment político, econômico e midiático não quer que o TSE casse a chapa Dilma-Temer no julgamento que começa na semana que vem. Não é que o PIB, a mídia e os principais partidos políticos amem Michel Temer. Acima de tudo, eles fizeram as contas, noves fora e concluíram, há tempos, que vale mais a pena sustentar o peemedebista no Planalto até 2018 do que dispensar seus serviços e se arriscar numa incerta eleição indireta no Congresso - que seguramente elegeria um dos seus.

Mesmo que reformas como a da Previdência não estejam andando a contento, entre outros dissabores, os donos do poder e do dinheiro acham que ainda vale a pena apoiar o presidente da República. É um homem afável, que escuta suas ponderações e vai conduzindo a economia dentro da receita liberal, desmontando a estrutura petista de controle do Estado. E, afinal, falta pouco tempo. Um ano e meio voa...

Curiosamente, e por razões bastante diferentes, não se vê em boa parte da oposição, e nem no PT, uma torcida real para que o TSE derrube Temer. E não só porque Dilma, cabeça de chapa, também seria punida com a inelegibilidade. Nem também porque o partido sofreria mais um episódio de desgaste político com a sentença atestando que fraudou a eleição com abuso do poder econômico, etc.

Segundo interlocutores, o ex-presidente Lula, que apesar de tudo desponta como candidato forte a voltar ao Planalto, torce para que o TSE mantenha Temer onde está. Ainda que não admitam, os estrategistas do PT acham que a cassação do peemedebista nos próximos meses embaralharia de tal forma o jogo político que até as eleições de 2018 entrariam em zona de risco.

Ninguém sabe o que resultaria de uma eleição presidencial indireta realizada no atual Congresso, nem o que faria o eleito e nem ao menos se o regime presidencialista sobreviveria. Em meio a tantas loucuras que assistimos nos últimos tempos, o parlamentarismo - que pemitiria a deputados e senadores que tomarem gosto continuar governando - poderia ser mais uma, bem como outras mudanças nas regras do jogo. É o reinado da incerteza. 

O PT, agora franca minoria no parlamento, nada poderia fazer. E a candidatura de Lula ou de qualquer outro vai para o espaço. Se Temer ficar, porém, as coisas seguem seu curso. Tudo indica que o ex-presidente teria boas chances, como vêm mostrando as pesquisas. Embora réu em cinco processos, ainda não foi condenado nem em primeira instância, e precisa sê-lo também na segunda para se tornar inelegível. Isso exigiria da Justiça uma rapidez pouco comum e uma acusação de casuísmo, se ficar claro que correram para julgar Lula com o objetivo de tirá-lo do páreo. Muita gente experiente de Brasília duvida hoje dessa possibilidade.

Para o Lula candidato, ter Michel Temer do outro lado do tabuleiro não é um mau cenário. No papel de reformador impopular, o presidente dificilmente conseguirá, em um ano e meio, transformar-se em candidato forte à reeleição, ou mesmo num forte eleitor para sua sucessão. Até por questão de tempo. Ainda que se confirmem os sinais de recuperação da economia, a percepção de bem estar vai demorar para se espalhar e chegar ao bolso do brasileiro, sobretudo porque depende da geração de empregos, geralmente o último degrau da escada da retomada.

Ao mesmo tempo, a desigualdade aumenta, a renda média cai, os programas sociais da era petista são desmontados e a nova classe média derrete. Em 2018, poderá ser vantajoso ser candidato de oposição a Temer.


Mas para isso ele precisa ser mantido no Planalto.”

quarta-feira, 29 de março de 2017

Tite e a Reforma da Previdência: Tudo a ver!




Por Zezinho de Caetés

Depois da bela vitória do Brasil sobre o Paraguai, na qual ficou evidenciado que quando se tem um administrador competente, como um Tite e um líder brilhante como o Neymar (perder pênalti faz parte), o time consegue o que quer, leio na mídia que a Igreja Católica, através da CNBB divulgaram um manifesto contra a Reforma da Previdência.

Só posso concluir que os bispos entendem tanto de contas públicas quanto o Dunga entendia de futebol. O que acontece é que os bispos e padres também pagam INSS e agora, com a Reforma, vão ter que abençoar os fiéis por mais tempo. E isto é um sacrifício ou uma missão do sacerdote?

Claro que os padres dizem que falam pelos pobres que podem ser prejudicados e não se nega que a Igreja tem uma história longa de defesa deles, mesmo que Jesus tenha dito que pobres sempre existirão na face da terra. No entanto, neste caso, o que ela não está vendo é que sem a reforma o Brasil vai à insolvência fiscal.

Uns dizem que não se pode retroagir quando há avanço sociais. Eu digo que isto é verdade apenas quando a irresponsabilidade não é tão grande ao se proporcionar este avanço. E isto não só vem do PT, mas, sim desde a Constituição Cidadã, que sempre pensou em tirar o Brasil da miséria na canetada, sem se preocupar em desenvolvimento econômico, e mais acreditar mais em milagres.

Vejam o que diz o Maílson da Nóbrega sobre o que isto pode significar, em resumo:

“A insolvência geraria o fenômeno conhecido como “dominância fiscal”, isto é, a situação em que o Tesouro não consegue financiar sua dívida no mercado e passa a fazê-lo mediante emissão de dinheiro. O Banco Central perde a capacidade de assegurar a estabilidade da moeda. A inflação foge do controle e pode nos levar de volta aos horrores da hiperinflação.

Como aprendemos, os pobres são os que mais sofrem com a inflação. Ao contrário dos ricos, os pobres não têm como recorrer a mecanismos de proteção contra a alta dos preços e à corrosão inflacionária de seus salários. Os ricos até ganham. Por isso, a inflação é um meio perverso de cobrar indiretamente impostos dos pobres e de concentrar a renda do país.”

O que os bispos estão dizendo, que a reforma prejudica os pobres, não tem muito sentido, quando se sabe as condições vigentes hoje na aposentadoria. Hoje, os pobres que trababalham no mercado informal não conseguem se aposentar nem com 70 anos, quanto mais com os 65 que é proposto na reforma, com que todos passam a se aposentar.

É claro que isto tudo passa também por uma Reforma Trabalhista que nos livre da CLT que nos impediu de progredir durante quase um século e que só prejudicou os trabalhadores, pois grande parte deles não tem carteira assinada, e nunca teve, mesmo no período que o Lula dizia que inventou o pleno emprego, através do Bolsa Família.

O fato é que o Brasil passa por um período onde poder-se-ia dizer que “É a economia, estúpido” o nosso principal problema. As questões políticas vão se resolvendo. E precisamos de pessoas que entendam da área, como a equipe que o Temer montou. Ou seja, sem mantivéssemos o Dunga, o Brasil não iria à copa da Rússia, certamente.

Os padres e os advogados (que também se imiscuem pensando que leis geram recursos, pelo menos com a OAB nacional) que se atenham as suas profissões com mais afinco, e passem a não interferir tanto naquilo em que eles não entendem. Concluo com uma frase do Maílson no texto citado:

“A CNBB não percebeu que o atendimento de sua proposta seria a desgraça dos pobres.”

E ainda mais, deixo para vocês, abaixo, um texto da Míriam Leitão (O Globo de hoje – “Cobrir o rombo”), onde ela mostra, com mais conhecimento, como é que o governo tenta lidar com o cobertor curto das receitas. E nem é preciso falar em Previdência para não encurtar mais o cobertor.

“O governo afiou mais a tesoura e vai cortar R$ 32 bilhões para deixar o aumento de impostos ser o menor possível. Nos últimos dias, várias opções frequentaram a mesa de conversas da área econômica, mas o que está sendo fechado é o fim das desonerações criadas pelo governo Dilma. Era para estimular o emprego e não teve o resultado esperado. As empresas pagarão mais, mas não é aumento de imposto.

Quem vai bater o martelo sobre o aumento de impostos será o presidente Temer. Mas o que se diz na equipe econômica é que a resistência dos empresários à alta de tributos foi muito grande. A lista de possíveis elevações incluía PIS, Cofins, Cide, IOF e IPI. Foi intensamente discutida, impostos entravam e saíam da mesa, mas depois as propostas foram sendo deixadas de lado. A Cide saiu logo da lista pelo impacto direto na inflação.

No final do dia, a conta era assim: receber R$ 12 bilhões com a venda das hidrelétricas que eram da Cemig e serão licitadas, utilizar R$ 8,6 bi de precatórios depositados e não sacados pelos seus donos, e recolher pelo menos R$ 8 bi de reoneração da folha. Mas tudo estava meio em suspenso, no aguardo do STJ e da AGU. No tribunal, a espera é por decisão de dois ministros que estão respectivamente com as decisões sobre as hidrelétricas de São Simão e Miranda. Eles decidirão se o governo poderá relicitar as usinas que estavam em concessão com a Cemig. A AGU está avaliando quanto será possível recuperar dos precatórios depositados à disposição de contribuintes que não foram retirá-los. Dependendo da evolução desses dois pontos, o corte pode até crescer.

A contribuição das empresas para a Previdência havia sido reduzida pelo governo Dilma com a expectativa de criação de emprego. Não ocorreu. Pelo contrário, o país viveu uma escalada de desemprego. A Previdência perdeu dinheiro pela redução da base de contribuintes e porque as empresas passaram a pagar bem menos com a nova fórmula. Elevar novamente a cobrança da contribuição previdenciária neste momento pode agravar o problema das empresas, mas o fato é que a política não funcionou e, além disso, era para apenas alguns setores.

A base na qual incidirá o corte é pequena. Se for levado em conta que o PAC não pode ter cortes, mas apenas atrasos nos pagamentos, o total sobre o qual pode incidir a redução de despesas é de R$ 90 bi. Técnicos do governo admitem que o corte terá um peso grande na administração pública. Por outro lado, se a situação econômica melhorar e houver melhoria de arrecadação, o contingenciamento será revertido. Já o efeito do aumento de imposto não pode ser anulado com a mesma rapidez.

A luta do governo nos últimos dias para cobrir o rombo extra de R$ 58,2 bi mostrou o quanto o país está longe do reequilíbrio das contas públicas. Elas se desorganizaram no governo Dilma, o país entrou em recessão, e nesse ambiente a arrecadação despencou mais do que o PIB. O governo Temer, ao chegar, cometeu o erro de conceder aumentos de salários aos funcionários porque temia uma onda de greves.

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem sido, ao contrário do que pode parecer, um aliado. Parece um fiscal, mas tem sido dado como o melhor argumento para quem quer pôr as contas em dia. A qualquer vacilo na intenção de austeridade, ou concessão pedida por grupos de pressão, alguém diz que não pode ser feito porque “o TCU não deixa”. Depois do protagonismo do Tribunal no impeachment da presidente Dilma, o atual governo consulta o órgão a cada passo.

Uma das ideias que estão sendo estudadas no governo é a de reduzir o subsídio dos empréstimos do BNDES através de uma elevação da TJLP. Como a Selic está sendo reduzida, a alta da taxa de juros cobrada pelo banco público reduzirá o custo do subsídio concedido ao crédito para as empresas que fazem operações com o BNDES.


Nos últimos dias, o governo expediu mandado de busca e apreensão de qualquer receita que pudesse ajudar a cobrir o rombo extra. Desta forma se chegou a essas ideias da venda das usinas, do dinheiro dos precatórios, da reoneração. Toda essa ginástica para se chegar no final do ano com um buraco de R$ 139 bilhões. O país está muito longe da terra firme.”

terça-feira, 28 de março de 2017

Lula e o Decreto Divinal




Por Zezinho de Caetés

Eu fui me manifestar no último domingo. Alguns foram, mas, muito não foram. A participação foi pequena e a primeira coisa que me vem à mente  é pensar o porquê. Não há uma explicação só. Há tantas quantas foram as reinvindicações que vi nos cartazes.

Havia para todos os gostos, inclusive o apoio à Lava Jato que deveria ter sido o mote principal da manifestação. Mas, quando vi alguém com um cartaz dizendo: “Abaixo a Reforma da Previdência!”, eu vi porque muita gente ficou em casa.

Hoje no Brasil, só quem grita “Fora Temer!” é o pessoal que foi defenestrado junto com a Dilma, e que ainda sonha, pasmem, em sua volta. Dizem até que ela será candidata a deputada federal. Eu já antecipo meu prognóstico: Não se elege nem para deputada estadual, e, se repetir a candidatura em 2020, não se será nem vereadora por Porto Alegre, que hoje é um “porto triste” devido administrações petistas.

Mas, mesmo poupando Temer, pela quase certeza de que ele está fazendo, até aqui, as coisas certas, muitos desconfiam da proposta de Reforma da Previdência. E, nesta dúvida de deixar o Temer mas terem que engolir o que ele deve fazer, o melhor é ficar em casa, e foi o que se deu no domingo.

Eu volto ao exemplo, tão comum em economia, do “almoço grátis”. Isto só existia no Paraíso, porque lá não existia escassez. Adão dizia para Eva: Me dá aí uma maçã! E ela não ia nem ao supermercado fazer pesquisa de preço como a Marcela. Não precisava, era tudo de graça.

Entretanto, num belo dia, a serpente, sempre ela (dizem que era petista, mas, eu não sei se já havia partidos políticos por lá), e ofereceu a Eva uma maçã que era proibida pela ANVISA, e ela, não titubeou e comeu, além de distribuir pelo Paraíso. Não deu outra, pois lá a lei tinha que ser cumprida.

Apareceram uns anjos (dizem que era da Polícia Federal, mas, não tenho certeza) e disseram, que a Eva seria expulsa do Paraíso e também Adão, pois não aconselhou bem Eva, e que eles teria ganhar o pão com o suor dos seus rostos. Aí foi criada a Economia. A velha ciência da escassez, e a maçã, digo, o almoço nunca mais foi grátis.

Passaram-se muitos anos e o Lula, resolveu enfrentar o Decreto Divinal, ou da ANVISA da época, e proclamou: “O almoço será grátis para os pobres!”. Foi um verdadeiro rebuliço, mas, se é cada homem um voto, e há mais pobres do que ricos, não deu outra, o ele foi eleito o primeiro pobre a ser presidente da República.

O que depois se descobriu, para encurtar a estória, é que a fala do Lula estava longe de ter poder de anular o Decreto Divinal, e, depois se soube que assim que ele chegou a presidente se tornou rico, e só falava nos pobres para se manter rico, mas, isto é outra estória. E então, quando os pobres já estavam se habituando a ter almoço sem trabalhar, através de bolsas mil, chegou a conta.

E, a partir daí, não houve jeito. Hoje, os pobres ainda estão um pouco iludidos que o Lula ainda voltará para contestar o Decreto Divinal, mas, diante do desemprego, e da falência da maioria dos programas de bolsas, já não se importam muito que o Temer fique, desde que, ele continue os enganando de que o almoço voltará a ser grátis.

O problema é que, o Temer, já não está podendo mais esconder que, o Decreto Divinal, por mais que se tente não pode ser revogado. E a estória continuará até a próxima grande manifestação, onde irão mais de 120 milhões de pessoas, que será no dia 3 de outubro de 2018, onde se decidirá nas urnas entre o Lula e outro que acredita no Decreto Divinal.


Eu já digo que votarei no outro, pois conheço meu conterrâneo  e que ele também acredita, e o que realmente quer é continuar, eles e os seus, comendo o almoço, que sabe não ser grátis, mas, que ele não moveu uma palha para obtê-lo.

segunda-feira, 27 de março de 2017

A semana - Lula corre do Moro, o PT o protege, "coxinhas" e "mortadelas" competem pelas ruas...




Por Zé Carlos

Bem, meus caríssimos leitores e caríssimas leitoras (soube que entre meus 16 leitores há gente do sexo feminino e agradeço a presença) aqui estou eu de novo para contar as coisas que nos fazem rir neste Brasil. E não são poucas. A carne é fraca mas o humor é forte. E vamos lá.

E por falar em carne, o episódio apenas demonstrou que o nosso país, não deixa de fazer humor nem comendo cocô. Nunca na história deste país vi tantos “memes” sobre o tema. E quem eram os principais atores? Roberto Carlos e Tony Ramos que, se ainda não fossem famosos agora o seriam. No entanto, parece que agora, já está tudo resolvido pois os países que resolveram não comprar mais a carne brasileira voltaram atrás. A China chegou à conclusão de que se não importasse a carne brasileira teria que voltar a comer grilos e gafanhotos que lá era uma iguaria no tempo de Mao Tse Tung. E as consequências foram boas para os perus de uma cidade de Goiás que deixaram de ser abatidos, durante algum tempo. Isto além do Temer ficar mais alegre do que pinto no lixo. Então penso que a carne fraca é passado, ou, pelo menos, eu espero que seja.

Mas, mudemos de assunto, porque o humor abunda. E para não destoar das últimas colunas, o nosso principal talento em humor, depois da Dilma,  é claro, continua fazendo das suas. O Lula, depois do show em Monteiro, Paraíba, onde teve uma plateia regada a mortadela, teve que mudar o ritmo dos espetáculos na rua depois que se soube que a mortadela poderia está contaminada com cabeça de porco. Agora, ele passou a fazer shows apenas para os dirigentes do PT, onde não é servida nada que possa estar contaminado com algum bom senso. Tudo é humor. Senão, vejamos.

Lula, mais uma vez, resolveu investir contra a Operação Lava Jato. Defendeu, pela primeira vez publicamente, a Lei de Abuso de Autoridade.  Como se sabe esta lei, está sendo tirada do báu, pelo Renan Calheiros, desde que o sisudo juiz Moro ameaçou botar político na cadeia. Como todos os meus leitores sabem, no Brasil, todos são iguais, mas, os políticos são mais iguais do eu os outros. É o tal do Foro Privilegiado. Político só vai preso, com raríssimas exceções, se morrer com mais de 100 anos. Isto porque, mesmo matando a mãe, entregando a faca a polícia e confessando o crime, ele só pode ser julgado pelo STF. E nossa Suprema Corte, dificilmente leva menos de 50 anos para julgar um processo. Ou seja, se o Sarney for agora denunciado naquela Corte, com a idade dele, se culpado, só iria saber disto quando tivesse 140 anos. Mas, a Lava Jato, promete pegar político sem mandato em poucos dias. E o Lula se borra de medo de que isto aconteça com ele. Vejam que, além de não ter mandato, o nosso grande colaborador, também não tem curso superior, e ele odiaria ir para cadeia junto com o Eike Batista, e, quem sabe, encontrar lá o Fernandinho Beira Mar?

Bem, sendo assim, ele adere a qualquer lei que tire o Moro da jogada. E não faz outra coisa ultimamente. Senão vejamos:

“A Lava Jato ela não precisa do crime. Primeiro acham os criminosos e depois ela (a operação) tenta colocar o crime em cima do criminoso.”

Se vocês não entenderam nada, não se preocupem, o humor lulista é assim mesmo, difícil, misterioso, engenhoso, mas, seus adeptos o conhecem bem e riem a bandeiras despregadas. E para aqueles que gostam de mistério, vomitou:

“Me incomoda muito primeiro criminalizarem a pessoa e depois ficam procurando um crime para essa pessoa...”

Será que meus leitores gostam de humor misterioso? Eu não entendi nada, mas, sigamos.

O PT, para que o Lula não seja preso, resolveu fazer um seminário com o título de “O que a Lava Jato tem feito pelo Brasil”. Ora, todo brasileiro diria que está fazendo tudo para nos tirar da lama da corrupção. Mas, o PT só responderia assim se não fosse o partido feito “para mudar a história desse país”. Se dissesse o contrário, como faria rir os meus leitores, que adoram as pandeguices de Lula? Ou seja, depois do mensalão, do petrolão e agora do “carnão”, o que vocês queriam? Ou seja, o partido foi feito mesmo para mudar o país. Sem ele jamais a Operação Lava Jato teria conseguido botar o Zé Dirceu, o Delúbio, o Genuíno, o Vaccari, o Palocci, e tantos outros políticos atrás das grades.

Vejam o que o Lula disse para divertir a plateia depois de dizer que “era a alma mais honesta do mundo” e que “nunca tinha pedido 10 centavos para ninguém”, e perguntar, sobre o Dellagnol : “O que aquele moleque conhece de política?”, ele disse:

“Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida.”

Dizem que foi um alarido tão grande de risadas no recinto que ele, cômico consagrado, teve que voltar ao palco e continuar. Foi feita então uma mesa redonda do riso, onde estavam os principais cômicos do país no momento, como Ruy Falcão, Fernando Morais, Mino Carta e outros, para aprender como se faz rir, com o Lula. E ele não se fez de rogado, depois de dizer que a Lava Jato só tem um lado, sapecou:

“Lava Jato é uma moeda que tem a cara da Globo, de outros jornais, da Polícia Federal, do Sérgio Moro e não tem a cara do povo que tá sendo prejudicado”.

Dizem que quando ele fala em Sérgio Moro ele se benze, e a plateia vai ao delírio. E riu mais ainda quando ele cobrou da Policia Federal os “tablets” dos netos, que, segundo ele, foram confiscados em sua última condução coercitiva. E quando ouve, a plateia já espera o arremate final para o riso:

“Na certa eles vão tentar encontrar um jeito de dizer que meus netos estavam trabalhando em alguma coisa na Lava Jato.”

E pensam que ele terminou por aí? Não! E eu espero que ainda tenha alguns leitores vivos para ouvir, quando ele disse que não tinha nada a temer (deve ter pensado em Temer e isolado na madeira), e, mandou mais estas:

“Eles deram azar porque foram mexer com quem não deveriam ter mexido. Nem Moro, nem Dallagnol têm a lisura e a ética que eu tenho nesses 70 anos de vida”.

“Quero ver qual vai ser o crime imputado a mim. Eu tenho dito todo santo dia: eu duvido que tenha um empresário que diga um dia que o Lula pediu 10 centavos. Não é porque sou santo não, é porque tenho critério político”.

Depois que o Marcelo Odebrecht disse que o Lula movimentou 23 milhões de reais no seu departamento de propina, é que se ver quanto Lula é honesto. Realmente ele nunca pediu 10 centavos a ninguém, ou seja, nem mesmo a Dona Lindu, sua mãe, aquela que nasceu analfabeta, ele havia pedido “deztões”, naquela época.

E quando todos os presentes e ausentes do show vão verificarem quais são os critérios políticos do Lula, não tem jeito, são acometidos de “trombose hilariante”, e por isso, eu paro agora com o Lula.

No entanto, se vocês pensam que a semana foi esgotada em seu humor pelas pandegadas do Lula, estão enganados.

O Temer, continua a progredir para tomar dos cômicos que contratamos um lugar no espaço. E imaginem, ele disse que adoraria se encontrar com o Lula. Para vocês verem com que afinco ele se dedica para ser contratado por nossa coluna, pois, como todos sabem, Lula é o melhor professor de humor atualmente.

E quando olho “prá riba” como se dizia lá me lá em minha terra, vejo que já escrevi demais, e isto é imperdoável para um dos meus leitores. Portanto, tenho que pisar no freio. Não antes, é claro de tocar num ponto, que somente ontem veio à luz.

Como sabem todos, foram convocadas manifestações para ontem, pelo lado que hoje se chama o lado dos “coxinhas”, e o que vimos foram algumas poucas pessoas, pelo menos, para os padrões de algumas manifestações do passado. Mesmo os “mortadelas” que são o outro lado da agenda de carnes, levaram mais gente às ruas, sendo contra à reforma da previdência. Eu procurei verificar o porquê, na guerra entre “coxinhas” e “mortadelas”, ontem, venceram os “coxinhas”. E, “eureka”, descobri tudo. Culpa da Operação Carne Fraca. Confuso? Perdido, caro leitor? É muito simples. Como se sabe os “coxinhas” só vão as ruas se comerem coxinha e os “mortadelas” só vão às ruas se comerem mortadela. Resultado: Ambos os movimentos não vão mais às ruas porque não querem comer mais nem um nem outro, porque acham que ambas as carnes estão podres. Agora só vai dar certo alguma manifestação dos “peixinhos” que são aqueles que respeitam a Democracia, o Estado de Direito e defendem que qualquer animal que vai de encontro às leis sejam presos e cozidos, no bom sentido, é claro.


E por aqui fico, ainda pensando que esqueci de abordar alguns assuntos hilários. Todavia, já me estendi demais e, se forem realmente cômicos, voltarão na próxima semana.

quinta-feira, 23 de março de 2017

SEMANA DO SILÊNCIO


Semana Santa em Bom Conselho  (Fonte: Blog da CIT)


Por José Antônio Taveira Belo / Zetinho  

Aproxima-se a Semana Santa. Recordei sentado no silêncio da noite olhando para o céu escuro com algumas nuvens carregadas prenunciando chuva. No silencio o meu pensamento voltou-se para o meu torrão natal, Bom Conselho. A Semana era aguardada com ansiedade pelos moradores. E, comecei a recordar, o tempo de penitencia e observância no tempo quaresmal que a Igreja desejava para os fiéis e, que eram obedecidos rigorosamente. Lembro-me como coroinha que fui naquele tempo, às crianças que faziam parte das celebrações, andava por dentro da Matriz vendo os preparativos para o grande momento de sofrimento de Jesus. As imagens eram cobertas totalmente por pano de seda roxo, fornecido pelo grande benfeitor Gabriel Vieira Belo, que retirava da loja de tecidos que tinha no “quadro”.  

Deixando de lado, a segunda, terça e quarta feira, esta com a realização da grande feira onde os moradores saiam à rua para comprar o mantimento para os dias, da quinta, sexta e sábado, o pescado, o bacalhau, o bredo, o coco, o jerimum, o quiabo e maxixe, o arroz, a farinha e o feijão de coco e outras frutas para o domingo.
  
 Naquele tempo, a quinta feira santa, fazia-se silencio. O jejum e abstinência eram rigorosos. A oficina na Rua dos Correntões, hoje, Barão do Rio Branco, não fazia nenhum ruído, cessava a atividade do malho e martelo. Em casa a mamães se esmeravam, o dedo a toda hora diante dos lábios, para que as crianças não fizessem barulho. Era proibido gritar. Era proibido arrastar cadeira. Era proibido brigar com os irmãos, tudo era pecado assim explicava as mães aos filhos. Não castigava as crianças por nenhum motivo. O beliscão, o puxão de orelhas, o cocorote e bolos nas mãos eram cessados. A palmatoria era guardada na gaveta ou pendurada no lugar de costume, na parede.   

A igreja aberta pela sua porta lateral, onde alguns fiéis iam fazer suas orações e penitência no silêncio e na escuridão. Nenhuma vela ou mesmo luz era permitido. O tempo nublado e triste demonstrava algo que estaria para acontecer.  Ao meio do dia, a cidade parecia dormir. Nenhuma alma viva andava pela rua, todos recolhidos em suas moradias.  A cidade era um imenso velório guardado pela população. Cristo morrera. Os carros faziam silencio, não buzinavam.  As pessoas pareciam andar devagar pisavam mais suave. Falava-se baixinho para solicitar qualquer coisa. A notícia de uma morte neste dia, por brigas, isso horrorizava o povo. 

À tarde os paus de arara vinham carregados de pessoas que moravam na zona rural, nos sítios e fazendas, a maioria vestindo de preto, as mulheres, e os homens que tarja preta no braço direito denominado “fumo”.  

Sexta Feira então o silencio era total, não se ouvia nenhum ruído nem nas ruas e tampouco nas casas. O homem que fossem ao barbeiro, cortar o cabelo ou raspar a barba era admoestado, em voz baixa. Os meninos mais crescidos, principalmente aqueles que eram os coroinhas ouvia o Sermão da Paixão na Matriz, onde o padre Alfredo, bom orador, incisivo, severo nos conceitos e pronunciando vagorosamente as palavras num profundo respeito e silencio dos fies que lotavam a igreja. 

Por volta das três horas à população se aprontava para a procissão do Senhor Morto, pelas ruas da cidade acompanhando cotejo a banda de música da cidade, com um toque fúnebre que chegava muitas senhoras lacrimejar enxugando muitas das vezes com o véu ou chalé que cobria as cabeças das mulheres piedosas.  

Os garotos ansiosos para sair na procissão vestindo uma túnica branca representando os doze apóstolos, Cada um tinha uma faixa, cruzando o peito em varias cores, verde, azul, amarelo, rosa, verde escuro, amarelo claro, azul marinho, cinza, vermelho e a minha marrom, que ninguém queria sair com esta cor, pois se dizia que era cor de “judas”, que aperreio meu. A frente da procissão a cruz ladeada por dois homens com castiçais e velas acesas em duas filas indianas, ali estava o Apostolado da Oração, Legião de Maria, Vicentinos e seminarista capuchinhos todos tristemente acompanhando o corpo do Senhor Morto; A matraca soava com tristeza com o seu traque e traque pela mão do sacristão. 

No sábado o silencio continuava. E só depois de rompida a Aleluia, proclamada pelo padre, com judas malhado em toda parte da cidade, os sinos badalando, automóveis buzinando, os fiéis se abraçavam, uns ria outros choravam, pois corria na cidade a fama de que o padre não achasse a aleluia o mundo se acabaria, e a expectativa era grande nas pessoas.  

Às cinco horas da manhã a procissão da Ressureição, no domingo com muita afluência dos fieis que aguardava com ansiedade e, assim depois a cidade se movimentava onde muitos acorriam para bares e as famílias se reuniam em um almoço fausto, regada de vinho e outras iguarias.  


Então me recordei deste momento, que atualmente é ignorado por muitos católicos que não mais respeitam esta semana santa.