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segunda-feira, 31 de março de 2014

A semana - A crise da Petrobrás e a consulta ao travesseiro




Por Zé Carlos

Hoje é o dia 31 de março. Já desfilei muito, quando estava no exército em homenagem à data comerativa do golpe, revolução, anti-revolução, quartelada, ou outro qualquer apelido que se possa dar a ela. Posso dizer que vivi estes últimos 50 anos sobre a influência da ditadura que se seguiu. Aqui não é a hora para escrever sobre o episódio e só toco nele porque o filme da última semana o cita, com a intenção de riso. Não chega a ser humor negro. Eu diria que é um humor colorido.

Penso até que o que deveria ser tratado não o foi. Terem achado um avião que se encontrava perdido há mais de uma semana. O motivo do riso seria, em plena época dos satélites espiões de tudo, passar-se tanto tempo para descobrir um objeto do tamanho de um Boing 777. Infelizmente, destroçado em tantos pedaços quanto a tão querida Petrobrás. E pelo que li e vi no filme esta semana, vai ser difícil juntar os pedaços de nossa maior empresa.

Como sempre, colocando o humor em primeiro lugar, o filme aborda o episódio do ponto de vista do tiroteio verbal entre situação e oposição, cada um querendo salvar o que resta de cada um, em matéria de ética. O que me lembrei quando vi as conversas de Aécio e de Vicentinho foi daquelas nossas brigas, quando crianças, lá em Bom Conselho, quando alguém acusava alguém de algum malfeito. “Você roubou a fruta do pomar de fulano, vou dizer a sua mãe.” Ao qual o outro respondia: “Se você disser, eu vou dizer também que você roubou duas e eu só uma.” E, como eu sabia, estavam os dois com a barriga cheia. Penso que as mães tem que investigar quantas barrigas houver, embora concorde que agora só dá tempo, até as eleições, de olhar a barriga do PT. Pelo que leio do caso da Petrobrás, há muita lombriga nesta barriga.

O problema todo, obviamente, são as eleições. Tanto a situação quanto a oposição já sabiam de todas as falcatruas. É aquela velha história tão conhecida que todos sabem e que, por algum motivo, ninguém pode falar. É muito difícil acreditar que a nossa presidente não soubesse de nada, como soe acontecer com outros, como eu, que não sabia de nada. De todas as maneiras ela entrou numa fria das piores para um político. Perdeu mais um pouco da credibilidade na área administrativa. Se coincidiu que isto fosse abertamente discutido em ano eleitoral, foi o seu azar. E agora a história de que a CPI tem motivos eleitorais, é risível. Só faltou alguns proporem que não poderia haver investigações em anos de eleição e decretar que neste ano todos são declarados inocentes. Se isto foi decretado para o apagão que ameaça o país por que não em relação à CPI? O governo pode tudo. Como todos sabem, as contas de luz só poderão ser reajustados em 2015. E isto realmente faz medo. Seja quem for o presidente, vai assumir o cargo pagando mais caro pela energia elétrica, se houver.

Enfim há muitos outros casos que nos levam a soluçar de tanto rir e que não foram incluídos no filme do UOL. Eu recomendo o filme para quem quiser ver o Aécio em seu novo visual de cowboy e os dentes novos do Vicentinho. Divirtam-se enquanto não falta luz.

Ia esquecendo de comentar um pouquinho sobre o deputado que renunciou porque comprava votos pagando em “ligação de trompas”. Ele disse que resolveu renunciar depois de consultar seus travesseiros. Sugiro a outros políticos uma consulta a este importante membro da democracia: seus travesseiros. Quem sabe seguiriam os seus gratuitos conselhos, como o fez o deputado? Será que foi com os conselhos dos travesseiros que as pessoas diminuíram suas avaliações da presidenta, o que, dizem deixou o mercado eufórico? Se foi, aguardem que virá em breve um aumento de preços deste útil utensílio doméstico.

“A denúncia de que a compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas (EUA), foi um mau negócio para Petrobras provocou um tiroteio verbal no Congresso. A oposição reuniu assinaturas para criar uma CPI, e o governo procura formas de evitar estragos maiores em um ano eleitoral.
Nos 50 anos do golpe, saudosos marcham pela volta da ditadura enquanto um coronel confessa torturas e assassinatos cometidos naquele período.
E o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-BA), condenado por oferecer cirurgias de laqueadura em troca de votos, decide renunciar depois de “consultar” seus travesseiros.”


sábado, 29 de março de 2014

O PTÓLATRAS ANÔNIMOS, uma esperança




Por Zezinho de Caetés

Hoje não comento nenhum texto. E não é por falta deles e sim pelo excesso. Há tantos deles a mostrar que a Dilma, além de não dizer coisa com coisa, é uma péssima gerenta, que resolvi inovar e comentar um vídeo, que pode ser nossa grande chance, caso influencie os eleitores brasileiros para um tratamento.

Esta história, de Dilma ser uma má gerenta, todos já sabem. Dilma tinha uma lojinha de artigos de R$ 1,99. Para quem não sabe é uma daquelas lojas onde são vendidos produtos chineses do Paraguai, que são obtidos por menos de 1 real e são vendidos, um pelo outro, por R$ 1,99. São mais de 100% de lucro, ou como dizem as esquerdas, uma “mais-valia” de acabar com qualquer classe trabalhadora. E ela estava tocando bem a empresa, até que um parente resolveu criar um Conselho de Administração, que como o nome diz, é para dar conselhos, e a Dilma foi colocada em sua presidência. Dizem, que é de lá sua mania de exigir ser chamada de “presidenta”. Seguindo sua orientação, e que agora é lei, eu a chamo de “gerenta”.

Numa das reuniões do Conselho, em 2006, surgiu um negócio que parecia supimpa. Uma lojinha que vendia os mesmos produtos que a lojinha da Dilma, que havia sido comprada antes por R$ 42,00, estava exposta à venda pelo preço R$ 300,00 reais, mais ou menos, apenas metade dela. A Dilma como boa gerenta que é, perguntou logo, porque o preço subiu tanto em apenas um ano. Um conselheiro deve ter lhe dito que foi encontrado na lojinha um baú cheio de ouro, o que fazia do novo preço uma pechincha. Ora, se era assim, e ela confiava cegamente nos seus conselheiros e nem pensava que o ouro poderia ser o “ouro dos tolos”, decidiu-se pela compra. Então o negócio foi feito porque ninguém do Conselho era besta para contrariar a decisão dela.

O tempo passou, e a Dilma descobriu, um ano depois, que no contrato de compra da Lojinha existiam duas cláusulas chamadas, a Marlim e a Put Option, onde a primeira dizia que a lojinha de Dilma tinha que pagar, qualquer que fosse o resultado da outra lojinha, uma taxa de lucro de 6,9%, até que a outra metade fosse paga. E a segunda, mais leonina ainda, dizia que, se houvesse brigas entre  vendedores e compradores, uma teria que comprar a metade da outra. Resultado, a lojinha da Dilma não pôde pagar o lucro, e o dono da lojinha que foi comprada resolveu vender a outra parte a Dilma, só que, por R$ 800,00. Então, uma simples lojinha, que havia custa há pouco tempo R$ 42,00, agora seria pago por ela, mais de R$ 1.000,00.

Com sua experiência incrível de gerenta, a presidenta do Conselho, decidiu que aquilo era um absurdo e resolveu entrar na justiça para não pagar aquilo. Além disso, como é do seu estilo, ficou possessa e quis saber quem fora o conselheiro que a mandou assinar o contrato de venda, sem avisá-la das cláusulas acima mencionadas. Quando soube quem era, usando sua grande experiência como gerenta, promoveu o conselheiro a gerente de loja. Todos ficaram surpresos pois pensavam que ela iria prender e arrebentar o companheiro. Mas, como todos sabem, quem fazia isto era o Figueiredo, jamais a Dilma, ela só gerenciava as bombas que seu grupo jogava nos reacionários.  E ficou calada por muito tempo,  acompanhando o fiasco que era a nova lojinha, que quase levava a matriz a falência. Ela não seria uma boa gerenta se fizesse alarde da situação. Ela pensava em voos mais altos, como gerenciar uma lojinha um pouco maior, cujo nome era “Lojinha Brasil”.

Mas, como no mundo dos negócios todo mundo sabe de tudo, e já tendo conseguido a gerência da Lojinha Brasil, alguém publicou nos jornais sobre o  mau negócio que foi feito pela lojinha, tempos atrás. Neste tempo a Dilma já era candidata à reeleição ao cargo de presidenta da lojinha maior, ao qual só chegou lá por causa de sua fama de grande gerenta. Então foi uma correria danada de dentro da lojinha, que já era comandada por outras pessoas. Para se livrar da culpa de ter levado ao buraco sua primeira lojinha, ela resolveu, numa nota de próprio punho, dizer a verdade e colocar a culpa naquele conselheiro que, muitos anos atrás, tinha forçado a ela assinar um documento que “era técnica e juridicamente falho”, e que ela só não puniu porque não queria um escândalo, quando ela apenas estava começando. E aí, já como presidenta, resolveu punir o conselheiro, e o demitiu sumariamente da gerência da outra lojinha.

Hoje, os brasileiros se perguntam porque a Dilma não puniu antes o conselheiro e deixou a lojinha quase sangrar pagando pelo mau negócio? Ora, é simples. Com o seu poder, ela, como boa gerenta, poderia contornar sua situação tomando dinheiro do povo e colocando em sua lojinha e deixar a poeira abaixar. Para isto disse que “faria até o diabo”, e está fazendo. Mesmo com inflação aqui e alhures ela resolveu não aumentar os preços da lojinha, e eles ainda podem ser vistos, no que resta da lojinha, que eles são ainda de R$ 1,99. E isto, todos sabem cada dia mais, leva a lojinha para o buraco. E por que ela não aumenta os preços? Ora, porque se ela aumentar como se reelegeerá presidenta da Lojinha Brasil? Se, sem aumento de preço, o povo já desconfia de sua capacidade gerencial, imagine se ela aumentar os preços.

Todo esta história foi escrita para mostrar o absurdo em que estamos vivendo e que me levou a rir muito com o filme a seguir. Ele não é de minha autoria, não tenho a capacidade técnica para fazê-lo, mas, é uma peça que me tira uma dúvida cruel. Como é que, com todas as lambanças que a Dilma está fazendo ainda tem mais de 40% das intenções de votos, sem apelar para a desonestidade das pesquisas, que parecem cópias de um disco arranhado há muito tempo? E somente agora, com a eclosão do clamor público é que as pesquisas começam a mudar o disco. Caiu a popularidade da gerenta na Lojinha Brasil. Se houver realmente uma CPI séria para mostrar o que ocorreu, ela não se elege mais nem para diretora de loja.

Vejam o filme, e descubram o porquê do percentual de apoio. Só antecipando um pouco, ele diz, que mais da metade dos eleitores brasileiros estão viciados em votar no PT. O filme mostra um caminho para se livrar deste vício e levar paz á família brasileira. Não há tantos locais de reuniões como no Alcoólatras Anônimos, mas seu  número está crescendo muito e os resultados são positivos. Aqui no Recife, o PTólatras Anônimos foi instalado antes das eleições para prefeito e deu um bom resultado. Dizem que o João da Costa era um assíduo frequentador das reuniões. O Humberto Costa e o João Paulo foram vistos rondando o local. Conta-se ainda que o Eduardo Campos foi a umas 3 reuniões mesmo sem ser um petista, mas, somente por precaução. E elas serviram muito. Tanto que ele agora não quer saber do PT nem que o Lula o recomende.

Caros amigos que ainda não conseguiram largar o vício, vejam o filme abaixo e procurem auxílio, assim, como o alcoolismo, o petismo é uma doença. Graças a Deus eu me curei a tempo, apesar da influência do meu conterrâneo, o Lula, que não tem mais salvação. Dizem até que ele foi a uma reunião do PTólatras Anônimos, e só falando, conseguiu que até o presidente da reunião recaísse no vício. Tenham cuidado, o homem é um perigo.


sexta-feira, 28 de março de 2014

O CACHORRO DE BOTAS - O cachorro do Aécio e o seu encontro com o cachorro do Eduardo




Por Zé Carlos

Dias atrás o meu amigo Zezinho de Caetés publicou aqui na AGD um texto no qual me incentivava a declarar explicitamente a ideologia política do Nick, o Cachorro de Botas, que, segundo ele próprio (o Nick) não tem nenhum caráter. Faz sentido, porque ele sabe que gosto muito de política, mas, como todos sabem, no sentido aristotélico do termo, de que o homem é um animal político. E será que os cachorros além de animais, são também políticos?

Até hoje, não indaguei diretamente a meu companheiro de caminhadas, o Nick, sobre o assunto, mas prometo ao amigo Zezinho fazê-lo assim que possível. Desta vez, em mais uma conversa que tive com ele, o assunto girou em torno de um político, e só indiretamente sobre política. Embora eu tenha certeza de que se feita esta última pergunta a ele ele diria que, sem dúvida, sim, e talvez acrescentasse, para não perder a oportunidade de ser mau-caráter, de que a recíproca também é verdadeira. Ou seja, ele responderia sim à pergunta: Será que todos os políticos são animais cachorros? Esta pergunta talvez deixasse até o Aristóteles em dúvida.

Mas, deixa esta questão para lá e adentremos na nossa última conversa à qual o próprio Nick deu o mote:

- Oi Zé Carlos. Tudo bom? Mais uma vez nos encontramos neste espaço público e venho atrapalhar um pouco sua caminhada. Eu não aguento o seu ritmo.

Disse o Nick já sentando sobre as patas traseiras, e dele acercaram-se os seus discípulos, os seu amigos cachorros da pracinha, e, que, de  não cachorro só tinha eu que disse:

- Você não me atrapalha em nada, Nick. É sempre um prazer te ouvir, embora nem sempre concorde com o que ouço. Diga a que veio.

Nick, agora se apoiando sobre os cotovelos, descansando o corpo na areia, com um ar de noite mal dormida (ele me confidenciou depois que havia encontrado uma cadela de quem ele gosta, mas, este assunto fica para depois, pois eu a conheço também) e começou:

- Zé Carlos, o que tenho de novidade é que recebi um e-mail do cachorro do Aécio, o Popó, de quem nunca mais tinha tido notícia, porque ele está acompanhando o seu dono na tarefa de cumprir o que prometeu ao avô de que um dia ele seria presidente da república para continuar o que ele, o avô, não pôde fazer, quando deixou o governo para José Sarney?

- Foi mesmo Nick? Sou todo ouvidos!

- Agora eu lembrei do cachorro do Sarney, o Sarna, que até agora não largou o osso deixado pelo cachorro do Tancredo,  do qual não me lembro o nome, e que morreu da mesma doença do dono, pouco tempo depois. Embora todos saibam que ele morreu de dor de barriga ao comer leitão a pururuca lá prás bandas de Minas. Também, até hoje não se sabe de que o seu dono morreu, quanto mais o seu cachorro. Alguns dizem que foi de uma mordida do cachorro do Figueiredo, que estava com raiva. Ele tinha mesmo era raiva de povo, e mordia todo mundo. Eita cachorrada danada.

- E o e-mail do cachorro do Aécio, Nick?

- Ah! Sim. Vou te fazer um resumo, e depois se você quiser eu lhe passo pelo Facebook, para você curtir. Se quiser ser meu amigo é só ir lá, e você será o meu primeiro amigo não canino. Sim, e lá vou eu desviando outra vez do assunto. O Popó, que eu não sei porque este nome, o cachorro do Aécio, diz no e-mail que está desencantado com o que estão dizendo sobre seu dono. Dizem que ele é um “baladeiro” de marca maior e que foi pego pela polícia dirigindo embriagado, e até se recusou a soprar o bafômetro. E que ele é que pagou o pato, pois teve que soprar por ele. Coitado do Popó. Logo naquele dia que ele tomou o resto da bebida do dono. Ele continua se defendendo das acusações, e obviamente, defendendo o seu dono. Afinal, quem não quer herdar o osso da cadela da Dilma? Até eu! Pena que meu dono não seja político.

- Nick, sinto muito mas hoje estou apressado, e não posso ouvir sua história toda. Faz o seguinte me manda uma cópia deste e-mail e eu lerei com cuidado e atenção.

- Tá bom, Zé Carlos, eu mandarei. Seu endereço ainda é o mesmo?

- Claro que é Nick, até mais ver!

No dia seguinte recebi a cópia do e-mail do cachorro do Aécio, que transcrevo abaixo, apagando os endereços para evitar os spams da cachorrada:

Para: Nick
De: Popó

Caro Nick, faz um tempo que não nos comunicamos. Aproveitando esta facilidade nas comunicações, que levou até aos cachorros ao seu uso, venho dar algumas notícias.
Hoje estou em Minas, mas, não faz muito tempo, eu estive aí em Recife. O meu dono anda de conchavos políticos com governador de Pernambuco, que agora também quer se candidatar a presidente. Eles querem, de qualquer jeito desalojar a Dilma do Palácio do Planalto. Eu fiquei alegre foi por encontrar com o cachorro do Eduardo, o Dudu, que fazia tempo que não via. Era mais amigo do cachorro do seu avô, o Chapéu de Palha, que o Eduardo ainda mantém em sua casa, mas, já está em idade avançada. Dizem que ele brigava  com o cachorro do avô do Aécio, e eram  lutas terríveis. Contam até que o Tancredo, avô do meu dono, disse que na época que o MDB dele não era o mesmo do Miguel Arraes, avô do Eduardo. Mas, em política...
Foi uma farra. Primeiro fomos ao Palácio do Campo das Princesas que foi restaurado em toda sua beleza. Espero quando tiver um tempo você apareça por lá. Eu sei, que se você aparecer lá vai fazer o mesmo que eu fiz: fazer xixi no pé de uma cadeira onde sentou o Maurício de Nassau. Marquei o território que era ainda do cachorro do Moura Cavalcanti. Escolha outra cadeira por favor.
Ficamos só ouvindo a conversa, eu e o Dudu, dos nossos danos. O Aécio dizia que estava preocupado com a Marina e o Eduardo dizia que estava preocupado com a fama de “baladeiro” do meu dono. O Dudu, aquele cachorro safado, ficou olhando para mim e disse, na cara de pau:  “Todo mundo sabe porque tu te chamas Popó!”. Fiquei danado de raiva, mas, aguentei firme. Mas depois ele me paga. Deixa meu dono chegar no segundo turno, que ele vem pedir arrego. Aí eu passo na cara dele que seu primeiro nome era Preca. Deixa ele.
E a conversa rolou até me deu vontade de fazer o número 2. Foi uma boa desculpa para o meu dono sair de fininho e me levar ao jardim onde eu me aliviei. O bom da cachorrada é que não tem responsabilidade da merda que faz e deixa para lá, para o dono apanhar. E o Dudu também fez merda, embora longe de mim. Só nos veremos agora no segundo turno, se todo o conchavo der certo. Tomara que dê, pois o Dudu disse que seu dono disse que: ninguém aguenta mais 4 anos da Dilma. E quem sou eu para discordar do dono do Dudu?!
Por hoje é só, caro amigo. Se repassar este e-mail, por favor apague meu endereço.
Popó


Ainda não tive oportunidade de agradecer a gentileza do Nick em nos autorizar a publicar o e-mail do Popó, mas, isto fica para nosso próximo encontro na pracinha ou noutro lugar qualquer.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Tamanho não é Documento...




Por Carlos Sena (*)

Depende. Do documento, do que ele pode representar e, acima de tudo de tudo, do que ele não pode servir de prova. Tamanho,  como tudo na vida, padece da teoria do relativismo. Porque uma decepção de amigo é menor do que uma de filho, para os pais. Já uma grande alegria, pode matar, tal qual uma grande tristeza. Mensurar coisas de "dentro" é mais complexo do que mensurar as coisas de fora.

Nas questões da sexualidade o homem pena um bocado. Paga pela empáfia que boa parte dos nossos homens passa  por pertencer ao reino dos "machos". Machos que, não raro, se desconformam com o tamanho do seu... Preciso dizer? Pois eu digo: do seu pinto, do seu bigulinho, bilau, rosquito, bisqui, braulio, para ficar nos mais carinhosos...

Sem falar da “pomba rola que voou”. Escrevendo assim, meio pudico, podem até nem me meter o pau. Frase curta essa, mas que nos leva a dois universos importantes do TAMANHO que ora tentamos delinear: METER e PAU. Meter bronca dependendo pode ser coisa pequena de somenos importância. Meter gaia pode nada significar. Mas se for uma gaia de rapariga, essa desmoraliza qualquer homem, digo, macho. Logo, essa seria uma grande gaia. Gaia de cônjuge na mesma cama do casal, eis uma supergrande gaia, ou não? Do pau! O que poderemos dizer dele nessa dialética relativista? Senão vejamos: o pau quando quebra pela policia, é pra lascar.  Logo, se o cacete come no centro entre irmãos seria um pauzinho, um cacetinho... Por outro lado o pau/ pau - aquele que mexe com as vaidades masculinas, esse, de fato, mexe por dentro e por fora. Por dentro, quando há amor rolando na parada. Por fora, quando a parceira/o é ninfomaníaco/a, ou mesmo não sendo,  rola erotismo. O dilema se instala:  quando o homem ama, mas, o bilau é pequeno e sua parceira não o ama, nem é ninfa, mas adora erotismo.  O outro lado dessa construção é o macho bem dotado e a mulher apaixonada. Mas o "coitado" vez por outra bebe uma e fica  "bebo". Por isso é que tamanho pode não ser documento. Porque se nalguns momentos prova tudo, noutros, deixa alguns homens viciados nas "azulzinhas".

Assim, considerando que esse assunto não se esgota em si, avoco as mulheres sabidas. Sabidas e anormais, posto serem elas aquelas que mesmo mentindo (afinal a mulher tem o dom de iludir, já nos lembra CAETANO) fazem a felicidade sem querer saber se o tamanho é ou deixa de ser DOCUMENTO.

Costumam dize que o mais importante é que sejam buliçosos os "documentos". Que documentos? Aqueles que nas entrepernas dos seus homens (ou machos), residem.
Assim, tamanho, no sentido fálico, para os homens se nos parece uma questão de vida ou sorte. De vida porque ele a carrega entre as pernas para sua sobrevivência. De sorte, porque é tudo que ele precisa quando encontra uma mulher que além de amá-lo, também saiba iludir...

Exagero à parte, mas no caso de muitos homens, o TAMANHO é sua identidade de macho. Já a mulher, em quem tudo se processa por dentro, vez por outra se pega cantarolando, rolando, rolando: "eu vou gargalhar, quá, quá, quá, quá"...

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 07/02/2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

A presidenta gerenta Dilma também não sabia




Por Zezinho de Caetés

A esta altura do campeonato, do meu arquivo de textos relevantes, não poderia sair outro assunto. Apesar da grande quantidade deles eu escolhi para deliciar os meus leitores o do Sandro Vaia pelos motivos tradicionais, e também porque em seu título havia a palavra “gerente” que foi tão pronunciada na campanha para presidente nas eleições passadas. Só perdeu em aparição para “A mãe do PAC”, isto mesmo porque o nome mais querido pela nossa gerente candidata, hoje nossa presidenta, seria “gerenta”, para indicar a ascenção do gênero feminino aos píncaros do poder. Hoje, eu digo, coitadas das mulheres que a tiveram com exemplo.

Todos, inclusive alguns petistas que me leem já sabem que o texto aborda nossa “gerente” maior a presidenta Dilma. “Apertem os cintos, o gerente sumiu”, é o título dado pelo jornalista ao seu artigo (Blog do Noblat – 21/03/2014) e, foi ele que me chamou a atenção em minha escolha. Embora, diga-se de passagem, que nunca eu acreditei que a Dilma fosse gerente, ou tivesse tido sucesso em qualquer negócio em que entrou. Dizem que ela não soube nem gerenciar sua lojinha de artigos de $1,99, que foi a falência em pouco tempo. Atualmente, já se sabe que se ela continuar, o Brasil, poderá ser vendido em sua lojinha.

Foi o meu conterrâneo Lula, este sim, que “vende até algodão por veludo porque neste mundo tem bobo prá tudo”, tentou e conseguiu enganar o povo brasileiro, empurrando-lhe, goela abaixo, um poste, onde pendurou um monte de “gatos” e os vendeu como lebres. Recentemente, ele vendeu outro a São Paulo, que já começou a dar curto circuito e choques nos paulistanos. Agora não haverá mais receio de sua parte para ser o candidato do PT ao Planalto, pois todos já sabem que a Dilma, como gerente, quase está estragando sua tão propalada obra. Eu já digo que ela apenas a continuou. Agora, o volta Lula ficará mais forte.

Vejam bem, onde estaria, hoje, um gerente da iniciativa privada que comprasse algo que valia 42 mil por 1 milhão (não importa muito a moeda aqui, porque isto se aplica até a gerente da máfia Rússia, atualmente) e que diz só ter comprado porque o enganaram. Teria o bilhete azul imediatamente, junto com aqueles, que se ele pudesse provar, também os enganaram. Ou seja, na empresa privada, onde se ganha o pão com o suor do próprio rosto, e não dos outros, a tática mais usada pelo Lula, “eu não sabia”, não daria certo. Os acionistas diriam: conta outra!

Mas, no setor público e no mundo da política a coisa é diferente. Os eleitores só votam de 4 em 4 anos, e mesmo assim não têm informação suficiente para julgarem os gerentes. Prova disto é que já fazia um bom tempo que se tentava comprar um Congresso todo, no mensalão, o Lula dizia que não sabia e foi reeleito, além de quatro anos depois eleger seu poste de estimação, com a promessa, pasmem, de que ela era a melhor gerente que houve na história do Brasil.

O meu desencanto será fatal até, se depois desta lambança, o povo brasileiro ainda votar na Dilma. As pesquisas dizem que sim e eu digo que não. O povo quer mudança, ou pelo menos aqueles que não estão comendo do governo em troca do voto. O meu problema ainda é para que lado mudar? A linha ideológica dos candidatos apresentados até agora é apenas mais do mesmo, ou seja, estão à esquerda do meridiano de Tordesilhas, que inclue a Venezuela e Argentina, que vão de mal a pior. Quem sabe, até lá, não apareça alguém que tenda para cima do Equador ou se melhore o discurso, contando a verdade e a seguindo que socialismo hoje é coisa para bolsista familiar ou inglês ver? Vamos esperar.

Por enquanto, vamos tentar mostrar ao povo brasileiro, que sua gerenta sumiu, por absoluta incompetência. E que, quem a colocou lá, é que tem a culpa. E leiam o jornalista Vaia para um boa meditação, e logo em seguida leia o áudio do Merval Pereira, onde ele trata do imbróglio político em que nossa gerenta presidenta se meteu.

“Cara ou coroa, à sua escolha: aquilo que em alguns casos pode ser chamado de propaganda enganosa, também pode ser interpretado como talento criativo, uma engenhosa criação de marketing.

Os especialistas em manipulação de emoções sabem bem como fazer isso: basta estimular com imagens ou palavras o lóbulo frontal esquerdo do cérebro e plantar nele a ideia que se quer vender, tenha ela relação ou não com a verdade dos fatos.

Publicitários e/ou marqueteiros, consciente ou inconscientemente, com maior ou menor talento, fazem isso. Políticos também. A maioria deles intuitivamente, por vocação inata.

Quando Lula precisou de um nome para lançar à presidência da República jogou as suas fichas em Dilma Rousseff, que não tinha em seu histórico nem uma larga experiência política, nem sequer uma longa vivência partidária, nem era uma das mães fundadoras da legenda, e resolveu forjar-lhe uma identidade que substituísse o escasso carisma ou a falta das qualificações da experiência.

Foi assim que nasceu “a gerente”. Reza a lenda que ela ia às reuniões ministeriais ostentando um laptop onde tomava as suas notas, e isso lhe valeu como um certificado de eficiência. Essa passou a ser a identidade de sua “persona” política.

Todos os pés pelas mãos que ela possa ter metido ajudaram a desgastar bastante a imagem de “gerentona”, a que tudo sabe, a que dá pito em todo mundo, a que cobra, faz e acontece, auréola que geralmente acompanha os manda-chuvas de grandes empresas.

Sabe-se que na política esse tipo de eficiência tem pouca valia e mais vale o jogo de cintura, a habilidade e a flexibilidade no trato com seus correligionários, seus adversários, a opinião pública e o inconsciente coletivo.

O mito da eficiência esboroou-se lentamente na lida do dia a dia, principalmente no trato com os assuntos sobre os quais vendeu-se a lenda de que eram áreas de seu absoluto domínio, como a questão energética.

Um passivo de 100 bilhões de dólares em perda de valor de mercado das duas maiores empresas do setor, demonstrado pelo colunista Elio Gaspari em sua última coluna na Folha, foi o resultado direto de uma gestão errática que ela imprimiu ao setor que supostamente dominava como a palma de sua mão.

Mas a pá de cal na reputação da gerente foi a questão da compra da refinaria sucateada de Pasadena que provocou um prejuízo de 1 bilhão de dólares ao caixa da Petrobrás. Ela era presidente do Conselho da estatal e declarou, do próprio punho, que deu parecer favorável à compra baseada num parecer “falho” e “incompleto”.

Viu-se depois que era um resumo do parecer, que omitia os itens duvidosos, e que o Conselho não leu o parecer completo.

Se há ou não alguma coisa estranha por trás do negócio, não vem ao caso. Isso cabe a uma CPI ou a PF investigar.

Numa empresa privada, um gerente assim seria convidado a passar no caixa e ir exercer a sua eficiência em outro lugar.”

terça-feira, 25 de março de 2014

A Cama de Dormir. (Ou de ficar acordado?)




Por Carlos Sena (*)

Adoro a cama. Dos móveis de uma casa, uma boa cama dever ser comprada sem pirangagem. Porque ela, no fundo, é quem nos redime de nós; é quem nós suprime de nós; é quem de nós mais se aproxima, inclusive sendo palco dos nossos sonhos e pesadelos. Fazer sexo na cama talvez seja o que menos seja a função da cama. Porque na hora da paixão, do rala e rola ou do rola mas não rala, tudo acontece igual ao gatinho tico: ticomia no sofá, ticomia no tapete, ticomia na cozinha, no banheiro, etc., e também, ticomia na cama. Não necessariamente é na cama que se inicia um romance. Mas, não raro, é nela ou por conta dela, que se acabam as relações.

A cama, como se não bastasse ser o local que a gente guarda nosso cheirinho particular, também nos serve como abrigo para as dores da alma. Afinal, nada que uma noite bem dormida não ajude, pois o travesseiro ainda continua sendo um bom conselheiro. Podemos até dizer que o travesseiro é um componente da cama que teria tudo para ser “metido, atravessado”, mas não é. Ele guarda o nosso cheiro mais legítimo, aquele cheirinho que nos faz querer voltar pra casa quando, por exemplo, a gente faz uma viagem longa.

No seu papel de divã – eis o grande dilema. A gente conhece uma pessoa e engata com ela uma relação, ou uma ralação. Na hora dos amassos a cama tá lá, como mais uma opção. Quando a crise se instala, então a cama começa a ser mais definitiva desse papel psicanalítico subliminar. “Presencia” as crises de afeto e de sexo; caladinha, serve de suporte a solidão a dois que, gradativamente se instala. Noites sem dormir, choros, decepções, desesperos dos casais, também no amor, a cama está ali, sem saber que cumpre esse papel. Tudo de um casal ou mesmo de um solteiro, a cama presencia pela sua capacidade de ser “abrigo” do nosso sono; de ser o canto da casa em que somos mais íntimos de nós mesmos com ou sem alguém do nosso lado. Se eu fosse cama, o que mais me deixaria triste talvez fosse ver as pessoas que nela dormem (principalmente casais) se digladiando, dizendo sim em vez de não e não quando nem fosse mais preciso diante de uma convivência cheia de “talvez”. Se eu fosse cama eu talvez gostasse mais das pessoas dormindo, entregues ao sono libertador da mente!

O clichê de “ir pra cama com alguém” é mesmo um clichê. Um script para nos elevar nas conversas auto afirmativas, principalmente entre os homens é mesmo para essa serventia. Porque a rigor, a gente só deve levar pra cama quem a gente ama. Pena que isso tem perdurado tão pouco nas relações moderna, mas é o caminho. Quem sabe não chegaremos lá?

Pra concluir: não comprem uma cama barata. Ela precisa ser boa para aguentar o rojão da vida que bole toda hora e se revisita a cada minuto.

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 31/01/2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

A semana - A PETROBRÁS chegou ao fundo do poço e os "filhos do Putin" não sabiam


Putin pensando na Criméia
e a Dilma na Petrobrás


Por Zé Carlos

Quando vi o filme do UOL desta semana não tive vontade rir. Pensei, como dizia minha mãe: “comparando má”, na paixão de Cristo. Parece até blasfêmia comparar um episódio bíblico com aquele por que passa o PT nos últimos tempos. E a comparação realmente é uma blasfêmia, mas, é justificada pelo que o partido e seus chefes vêm passando nos últimos tempos.

Alguns dos seus figurões na cadeia, mesmo que o STF achasse que eles não brincassem de quadrilha e nem de lavadeiras de dinheiro, outro, o chefe, emparedado pelo que se vem descobrindo do seu período de governo, e sua chefe postiça, a Dilma, sofrendo mais do que “suvaco de aleijado” (será que isto ainda é politicamente correto ou não se usa mais muletas?). E não é por culpa deles, e sim de São José que não faz chover neste Brasil sofredor, e que há muito tempo atrás, era das mulheres sérias e dos homens trabalhadores (há exceções), como dizia o baião, com outro linguajar.

Cheguei a esboçar um leve sorriso quando, no filme, a presidenta pede a ajuda do Santo, enquanto isto os índios sacrificam o pica-pau da cabeça vermelha, para que chova. A presidenta desta vez não quis apelar para sua santa favorita, a Nossa Senhora de Maneira Geral. Isto fica para a campanha. E eu digo com base nos fatos dos últimos dias: Ela vai precisar.

E vai precisar, porque não chove, a não ser trovoadas de denúncias contra ela nos pontos em que ela ainda se achava forte, que era sua capacidade administrativa. Eu, pessoalmente, nunca acreditei. Depois do ministério que ela escolheu, mesmo no início do governo, eu pensei logo: não vai dar certo. E não deu, corroborado por ela mesma. Mandou um monte de ministros para rua e ainda ficou com um monte pior do que o primeiro. E todos louvaram a grande faxineira da república. E agora, para fazer campanha e obter apoio no congresso, trouxe o lixo que havia guardado debaixo do tapete de volta à sala de visita. E continuou tudo na mesma sujeira.

Veio o PMDB, seu partido de estimação sem ser de raça, pois o de estimação de raça pura é o PT, e começou a querer discutir a relação num momento impróprio, quando todos estavam de olho no passado da presidenta como administradora. E é aí que veio o golpe de misericórdia. E não foi só porque seu filho, o PAC, está quase morrendo raquitismo.

Ela descobriu que havia sido enganada em 2006 por um diretor da Petrobrás, quando assinou algo que levou a empresa a perder mais de um bilhão de dólares. É tanto dinheiro, que se o pegássemos em notas de 1 real, no câmbio do dia, e as colocássemos em fila, cobriria o Brasil que ficaria roxo de vergonha. Ora, dirão os seus correligionários, muito mais o Brasil já perdeu quando emprestou para Cuba, e ela assinou junto com o Lula, sem nenhum engano, quando se sabe que Fidel não paga nem promessa ao Papa. E veio com o que chamam a desculpa número 13 do PT: “Eu não sabia!”. Tal pai, tal filha. Tal criador, tal criatura. Que turma inocente esta. Ninguém sabe de nada.

Neste ponto, eu estou com o líder do governo que declara, no filme, que tudo deve ser apurado e quem tiver culpa que pague por ela. Não deu para sustentar o riso quando lembro as declarações do partido em relação ao mensalão. E, tenho certeza, este episódio ainda vai provocar muito riso, por algum tempo. Vejam as declarações da Gleisi, a musa do senado, e o que diz o seu discordante do PSDB. Será que ela também não sabia que a Petrobrás ia entrar numa fria? Que a Dilma não sabia é tão verdadeiro como pensar que ela será eleita em outubro com os votos dos acionistas da empresa. E haja riso.

Parei de rir com o esforço que o governo faz para regulamentar a internet. Eu não sou um especialista no assunto, mas, se é um projeto desse governo, já olho desconfiado. Eu acreditei na transposição do Rio São Francisco, na auto-suficiência em petróleo, nas milhares de creches e no trem bala.  Só se São Francisco, em pessoa, me mostrasse que as vaias que a Dilma vem recebendo em todo lugar que vai, são injustas, eu poderia acreditar. Mas, sei que seria melhor ele dizer que não sabia, e não perderia minha devoção.

Eu lembro, quando morei certa época no Rio de Janeiro que eu saia de casa para o Maracanã para vaiar o Paulo César Caju. Eu tinha pena, pois ele não jogava tão mal. Já Dilma, pelo que vem mostrando, daqui a pouco as pessoas irão aos seus comícios para vaiá-la. Vai ser uma diversão. Tanto que, já prevendo isto, o presidente da FIFA cancelou os discursos nas cerimônias da Copa do Mundo.

Para incentivar que vocês vejam o filme abaixo eu tenho que dizer que ri muito no final com o diálogo entre o Putin e o Obama quando o primeiro se diz bonzinho e chama o segundo de “filha da puta”, no caso da Ucrânia. Ri, porque pensei que a Dilma só ganhará a eleição se invadir Fernando de Noronha e anexá-la ao Rio Grande. Será que somos “filhos do Putin” para deixar que isto aconteça?

Vejam abaixo o resumo do roteiro do UOL e logo a seguir o filme. Espero que riam, mas, se não o fizerem, não me culpem, eu também não sabia.

“Enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu águas do rio Paraíba do Sul ao governo federal, a presidente Dilma Roussef resolveu apelar aos céus e aproveitou o dia São José para pedir chuva para os Estados que sofrem com a estiagem. Mas a semana foi de trovoadas para a presidente que admitiu erro na compra de uma refinaria nos Estados Unidos em 2006 -- negociação que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras -- e viu a votação do marco civil da internet ser mais uma vez adiada por conta do mau tempo com o PMDB. Mesmo assim, a presidente viu um arco-íris no fim do túnel com a divulgação da pesquisa de intenção de voto feita pelo Ibope, que indica a vitória de Dilma em primeiro turno com 43% dos votos.”


sábado, 22 de março de 2014

Trair e coçar, é só começar




Por Zezinho de Caetés

Como disse a Dilma ano passado que faria o diabo para ganhar as eleições e seu ministro o Gilberto Carvalho disse neste ano que “o bicho iria pegar”, o demônio parece que se sentiu ofendido e já começou a atuar na política brasileira, que é tão bem resumida abaixo pelo imortal Merval Pereira, em artigo escrito para O Globo (“Clima de Traição” – 20.03.2014).

Nem conviria falar em diabo nesta semana que comemoramos o Dia de São José, que além de me dar o nome, meus pais diziam que a história de que o inverno seria bom se chovesse em seu dia, não me parece bater com as previsões meteorológicas. Tudo indica que o “general inverno” que tanto aporrinhou Napoleão vai aperrear mais a presidenta, e sua união com o capeta para ganhar as eleições. Já existe racionamento de fato embora ela não queira decretá-lo de direito.

Lembrei até de um tempo onde a SUDENE não era só um prédio a ser tombado (parece que já foi pelo IPHAN) e atuava como órgão de desenvolvimento regional, que todos os anos realizava reuniões e mais reuniões para ver se a “seca” seria decretada oficialmente ou não. Numa economia onde o Estado é um tumor imenso, maligno e com metástase, que elimina toda possibilidade de aumento de produtividade, isto é um fato relevante. Tudo gira em torno de decretos e não da realidade tão bem captada pela iniciativa privada, quando é deixada funcionar. Não era a seca que influía na economia e sim as leis e decretos. Muitos ineficientes ficaram ricos assim, mamando nas tetas cheias e tenras do Estado e seus éditos ditos desenvolvimentista. E a seca continua nos assolando.

Agora temos o problema do racionamento de energia. Para não perder as eleições vão nos jogar nas costas (nós, contribuintes) o peso desta decisão desastrada de nossa presidenta, cuja ação mais eficiente foi comprar uma refinaria que valia 42 milhões de dólares por 1 milhão e 300 milhões de dólares, e agora acusa o Conselho da Petrobrás, que ela mesmo presidia, por não lhes apresentar todos os papéis. O que ela poderia dizer? A verdade? Que é a ineficiência em forma de mulher? Como então dizer que há necessidade de racionamento se ela e seu criador, o Lula, se elegeram jurando de pés juntos que não fariam o que o FHC fez, racionando a energia?

Como ainda se mantém esta corja petista no poder? Leiam o texto abaixo e vejam apenas alguns motivos. Nossa vida política gira no “presidencialismo de cooptação” e não num “presidencialismo de coalizão”. Dentro dele o legislativo se torna inexistente como um poder independente, sendo cooptado pelo executivo. A tentativa petista agora é cooptar o judiciário, e já está conseguindo, fazendo da corte suprema um órgão ciclotímico, com o “condena” e “absolve” desenfreado. Acabou o crime de quadrilha no Brasil, quando decidiram que os mensaleiros não faziam parte de uma quadrilha, porque não encontraram um chefe. Restou apenas as quadrilhas de São João que o meu conterrâneo, o Lula, o chefe, gosta tanto, como bom pernambucano, que passou a ser paulista. Espero que não volte a Caetés.

Hoje, o quem dá mais da crise que dizem existir no legislativo, na queda de braço com o executivo, não passa de uma questão de cifras. Não se espantem que se até outubro forem criados mais uns 5 ou 6 ministérios para saciar a sede do “blocão” (que a cada dia se torna mais um “bloquinho”). E o que sobrará para nós, brasileiros? Pagar mais caro por energia elétrica e talvez ter que racioná-la, seja quem for o presidente da república no próximo ano. Eu tenho ainda esperança que não seja do PT, porque, se for, ficaremos muito mais tempo na escuridão.

Agora leiam o imortal Merval e meditem sobre o que poderá nos acontecer se nada for feito para que nosso sistema político possa funcionar. No presente caso da crise, estou adorando a traição, que é termo que se dar a posições políticas nas quais impera apenas o “vil metal” tão apreciado por nossa classe política.

“O que esta crise política está demonstrando, mais uma vez, é que o modelo de “presidencialismo de coalizão” que montamos no Brasil é na verdade distorcido por adaptações que acabam transformando-o em um “presidencialismo de cooptação”, como definiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recentemente.

O que começou com a compra de votos em dinheiro, denunciado o esquema do mensalão, que recentemente foi a julgamento e saiu condenado moral e criminalmente, passou a se dar através da entrega de ministérios e cargos em órgãos públicos.

A migração de políticos da oposição para siglas da base, que cresceram à custa desses expedientes, enquanto a oposição míngua, é o resultado dessa distorção.

Hoje temos a menor oposição numérica desde a volta da democracia, apenas três partidos assumem esse papel: PSDB, DEM e PPS, e, pela esquerda, o PSOL. Os demais estão na base governista.

A desestruturação cada vez maior dos partidos políticos e a sempre ampliada base governista formam um agrupamento político sem coesão programática que classifico de uma “maioria defensiva” para evitar convocações de CPIs ou comissões de fiscalização. Como vemos agora, uma rebelião permitiu a convocação de uma comissão para analisar o escândalo da refinaria da Petrobras em Pasadena, nos Estados Unidos.

Mas a maioria governista já recomposta domina a comissão, o que garante a proteção aos responsáveis, entre os quais se encontra a própria presidente Dilma Rousseff, que aprovou a compra. A desculpa de que não tinha as informações completas sobre o negócio coloca em xeque a atuação do Conselho da Petrobras, que ela comandava.

O próprio aumento do número de ministérios colaborou para a redução da importância deles, que se transformaram em grande medida em fontes de negociatas. A utilização de parlamentares nos ministérios, prática exacerbada em nosso “presidencialismo de coalizão", é um desvio de finalidade, como se fôssemos um país parlamentarista, onde os programas de governo são defendidos pelos partidos que ganharam a eleição.

Um parlamentar que vai para o Ministério abre mão de exercer seu mandato como membro de um dos poderes da República geralmente para aceitar papel secundário no outro poder, a maioria das vezes com interesses subalternos, como está se revelando rotineiramente no governo Dilma.

Todos os políticos que se digladiam por vaga na Esplanada dos Ministérios deveriam, em teoria, renunciar aos mandatos, como acontece na maioria dos países democráticos.

O que parece uma vitória dos políticos ou recuos do governo central nada mais é do que resultado de negociações por baixo do pano que inflam ou esvaziam “blocões” à medida que os interesses de grupos são satisfeitos ou não.

E o que está sendo negociado hoje vale muito pouco adiante, pois as decisões formais de apoio a este ou aquele candidato à Presidência podem ser contornadas regionalmente de acordo com interesses locais.

A máquina partidária do PMDB do Rio já está trabalhando para a candidatura de Aécio Neves, mas o governador Sérgio Cabral e seu candidato, Pezão, garantem que apoiam Dilma. Também o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, monta uma aliança com PSB e PSDB no Rio Grande do Norte, mas diz que apoia Dilma.

É possível que a presidente Dilma venha a ganhar os minutos de propaganda eleitoral deste ou daquele partido, mas perca a máquina partidária no campo de batalha eleitoral.

Da mesma maneira, os candidatos de oposição podem também começar a campanha com o apoio velado de grupos políticos estaduais, mas, se não demonstrarem capacidade de aglutinar a opinião pública, perderão esse apoio em meio à campanha eleitoral.


Começa a se delinear no horizonte uma traição em massa.”

sexta-feira, 21 de março de 2014

Testemunhos do Vovô Zé - Carnaval com retiro espiritual, socos e caneladas


Davi e Miguel na pesagem para o MMA
com o Vovô Zé


Por Zé Carlos

No carnaval deste ano brinquei o tempo todo fantasiado de Vovô Zé. Passei com Davi e Miguel em Caruaru, onde a festa é tão animada que os grilos podem ser ouvidos em pleno meio-dia. Não há cidade melhor para passar o carnaval, para quem não gosta dele participar. Para mim teria sido um verdadeiro retiro espiritual, se os meus netos permitissem. Mas, conto logo depois. Agora volto à semana pré-carnavalesca.

Nesta semana, eu quis me travestir de Papai Zé, pelos feitos dos meus filhos em suas missões profissionais. O meu genro (filho adotivo) defendeu sua tese de Doutorado em Medicina (Cirurgia) na UFPE, com brilhantismo. Sua esposa, minha filha, passou num teste de sua área para fazer o Doutorado em Administração (Gestão Pública) também na UFPE. E minha outra filha passou no vestibular de Medicina Veterinária na Universidade de São Paulo (USP), que é a melhor da América Latina, realizando um sonho antigo de cuidar dos animais. Então, por falta de médico este animal que lhes escreve não morrerá nunca. E além disto e talvez já influenciado pelos rumos da tia, o Miguel, meu neto mais novo disse que, quando crescer, quer ser médico de gatos. Acumulei felicidade para anos futuros e só me resta agradecer a eles todos por estas alegrias.

Volto agora a ser o Vovô Zé, pois minha fase de pai já passou faz tempo. Agora me comporto como avô de todos. E nesta mesma semana pré-carnavalesca já entrei em contato com Davi e Miguel e as brincadeiras começaram logo na sexta-feira de carnaval. É estranho até escrever isto mas são tantos os blocos saindo antes do sábado de Zé Pereira que brevemente todo dia poderá ser de carnaval. Em Olinda, dizem, o Carnaval já não termina na Quarta-feira de Cinzas, pois é nela que já começa o carnaval do próximo ano. Tanto que os foliões já estão irritados com a Copa do Mundo, que atrapalhará os seus festejos, principalmente, se o Brasil cair fora na primeira fase. Batamos na madeira... Óbvio, se o Brasil for campeão, como espero, o carnaval apenas continuará.

E nesta sexta-feira, antes da gorda, já partimos para um shopping da cidade, onde comecei minha missão política de satisfazer Davi e Miguel com atividades que só podem ser feitas com duas pessoas. Por exemplo, só posso levar um de cada vez na “cacunda” como diz Miguel, quando, antes, eu revezava se o outro ficasse muito triste. Agora não pode haver revezamento pois não suporto mais o peso do mais velho e tenho que compensá-lo com outras atividades. Eu não sei porque eu lembrei do PMDB, ao escrever isto. Tudo é política e assim foi durante todo o passeio, até a hora triste de sair de lá, e vê-los embarcar para o interior, e esperar até o dia seguinte quando partimos, eu e a Vovó Marli, para ir ter com eles outra vez.

E no sábado do Zé Pereira lá vamos nós pela BR-232, ou o que resta dela, pois os buracos só devem ser tapados para o evento da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, e chegamos em Caruaru. Tentamos fazer o mesmo trajeto dentro da cidade e nos demos com uma interdição de uma Avenida que nos fez gastar mais gasolina do que o normal, quando tudo poderia ter sido evitado, se houvesse pelo menos uma placa no lugar correto avisando da interdição. Mas, são coisas do setor público. Eu não vejo a hora de privatizarem a BR-232. Mas, isto é outra história.

Com a mudança de trajeto já pressenti que de carnaval mesmo Caruaru está livre. Eles ficam todo tempo esperando o São João, que como o carnaval no Brasil, vai terminar sendo o ano todo. Depois de vários erros e acertos chegamos à casa dos meus netos para continuar com o tratamento à base de Vitamina N, começado na véspera. E a festa começou.

Para Davi, estamos festejando quando estamos jogando bola. Não direi nem futebol, apesar de ser o esporte preferido dele, porque ele gosta de todos os tipos de jogo com bola e não demora muito quando ele diz:

- Vovô vamos jogar agora handebol?

E lá vai eu experimentando todos os tipos de esportes. É bola de todo jeito e para todo lado. E não demora muito chega Miguel chamando para sua festa, depois de assistir ao programa da Peppa na TV e dizer:

- Vovô Pig vamos brincar de Lego?!

Só quem sabe o que é Peppa, Vovô Pig ou Lego é quem se trata sempre com Vitamina N. Quem não entender está por fora.

E lá vai eu brincar de Lego, com as mãos, enquanto com os pés continuo chutando para o Davi pegar, como goleiro, e dizer:

- Agarra Victor Waldez!!!

Daqui a pouco ele interrompe para trocar as posições. Eu serei o goleiro e ele o atacante. Deixo de brincar com o Lego do Miguel e vou á luta satisfazer o Davi, com medo de perder a “governabilidade”.

E tudo bem, até que o Davi bota a bola no chão e diz:

- Vem em cima!!!

E eu indo, não dá outra: tome caneladas e chutes para todo lado. Em certa ocasião fui tentar jogar mais de perto e ele me acertou um chute na canela que o catombo subiu de imediato. Quando a mãe foi brigar com ele pelo feito, ele disse:

- Mas, foi o Vovô Zé, mamãe, que quis roubar a bola com falta!

E o pior é que ele estava certo. Porém, a contusão não foi tão séria, como a sofrida por Vovó Marli em partida anterior e eu pude continuar jogando, embora, não no mesmo momento, pois o Miguel já estava me chamando para brincar outra vez. Sabem de que? De luta. MMA, karatê, Box, e outras lutas marciais. E lá vai eu tomar mais socos e pontapés.


E assim foi o carnaval do Vovô Zé. Sem samba, sem frevo, sem folia, mas, com muitos chutes, socos e pontapés. E, para mim foi um grande carnaval. O que não faz a Vitamina N?!!! Foi quase uma overdose.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Bom Conselho - Flashes




Por Carlos Sena (*)

1. A poesia da festa

O encontro aconteceu. A prefeitura apoiou, mas agora uma instituição foi criada com o nome de ABCON: Associação dos Bonconselhenses! Não sei se é uma ONG, mas sei que não tem fins lucrativos. Essa festa foi o primeiro teste e foi aprovada. Careceu apenas de ajustes naturais que certamente serão corrigidos no próximo ano. No geral foi sucesso absoluto e por um único motivo: as pessoas. O trabalho da ABCON foi estrutural, foi a montagem da programação. Porque o sucesso estava no sorriso das pessoas mais jovens e menos jovens; na conversa que se jogou fora. Passado conversando com o presente;  futuro, morrendo de "ciúmes" se travestia, ora de um ora de outro. Os cabelos brancos diziam para os cabelos pretos que não era brancura, mas a prata que o tempo colocou no quengo. As "rugas" faziam o que podiam para ter uma prosa leve. Diziam-se dobras do tempo, marcas de sucesso, sobras que o tempo deu em forma de troco. Vi jovens de pele fresca qual pêssego em harmonia com outros menos jovens. Vi acima de tudo afagos e afetos disputando cadeira cativa na fila das recordações... Cada gesto nesse encontro era um Flashe. A seresta foi uma viagem musical. Mas, havia ritmo, harmonia e muita melodia em cada abraço dado. Em cada pergunta tipo " de quem você é filho?".

2. A diversidade respeitosa

No baile, um fato bom e símbolo de que nossa terra não só cresceu porque o progresso chegou por lá: um travesti bem vestido, assumido, sentou em sua mesa cercado por pessoas da sociedade. Não vi nenhum tipo de hostilidade, pelo contrário, ele ficou o tempo todo, inclusive com a família da presidente da ABCON Maria Cardoso. Tive oportunidade de ser apresentado a ele/ela - professor Nivaldo. Não perdi a oportunidade e indaguei acerca do preconceito, principalmente por ser professor. Respondeu-me que nenhum! E completou dizendo que um dos seus alunos, hoje casado e pai de família, lamentou que não ele estivesse mais em sala de aula, pois desejaria que o mesmo fosse professor dos seus filhos. Nivaldo, está afastado da sala de aula por por recomendação medica, mas isso me foi bastante para fechar a "gestalt" positiva do encontro dos Bonconselhenses.

3. Pontos altíssimos

a) Apoio da Prefeitura na pessoa do prefeito DANILO.

b) INTEGRAÇÃO harmônica entre Rádio Papacaça, jornal A Gazeta, pároco da cidade e ABCON.

c) ORQUESTRA DE FREVOS DA CIDADE - afinadissima.

d) Encontro entre conterrâneos na Rádio Papacaça tão bem conduzido por Glaucio Doria - o locutor líder da manhã na região do agreste.

e) Orquestra GILBERTO E BANDA  - Simplesmente show. MELHOR DIA: o domingo no clube dos 30.

Assim, o encontro aconteceu e, certamente deixou a todos felizes. No ano que vem tem mais e o que não aconteceu como devia, acontecerá.
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(*) Publicado no Recanto de Letras em 21/01/2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

A mentira socialista e o pensamento de direita no Brasil




Por Zezinho de Caetés

Há quase um mês eu li um artigo do Luiz Felipe Pondé, um filósofo paulista (“Socialismo e barbárie” – 24/02/2014) na F. de São Paulo. Como sempre faço, copio, colo e guardo, e quando vou reler fico tentado a fazer comentários sobre eles. Neste caso, a tentação foi mais forte porque li dele, recentemente, um livro chamado: “Guia politicamente incorreto da filosofia”, do qual gostei muito. Aliás, atualmente, tudo que é politicamente incorreto me atrai pela tendência do “progressismo esquerdista” ser quase hegemônico quanto ao politicamente correto.

O Zé Carlos, administrador deste blog, diz que escreve os seus testemunhos como o Vovô Zé, apenas para os seus netos. Eu como não tenho netos, escrevo, talvez para os netos dos outros, embora, minha audiência vem subindo talvez por ter me declarado de “direita” com todos os condicionantes da palavra. Já que falei sobre o Zé Carlos, aproveito para dizer que ele tem que definir qual ideologia do seu impagável Cachorro de Botas. Para mim, ele é um esquerdista nato, porque como diz o Pondé ai embaixo, o socialismo, apanágio da esquerda e da extrema direita (leia-se facismo, nazismo e associados), “é um “truque” de gente mau-caráter”. Para ser mais preciso eu diria que o Cachorro de Botas, com seu mau-caratismo congênito, tem tudo para ser socialista.

E hoje, parece que há realmente uma mudança, porque, pois por onde ando vejo as pessoas com ideias de direita sem vergonha de expô-las. Depois de tantos anos no governo o PT conseguiu até avacalhar as esquerdas no Brasil como o Chávez o fez na Venezuela, que hoje, com a morte de dezenas de pessoas, leva o Socialismo do Século XXI a mostrar a mesma face do carcomido socialismo do século XX que causa a desgraça de tantos.

Mas, parece que estamos diante da história chegando sempre atrasados ao progresso. Talvez, não tenha sido por acaso que fomos dos últimos a nos tornarmos “independentes” e abolir o trabalho escravo. Deve ser o nosso complexo de vira-lata às avessas que nos leva ao atraso. Hoje, com a mentira de querer resolver os problemas de saúde, abolimos o trabalho livre, mesmo assim atrasados, porque a Venezuela já o fez há muito tempo. Vivemos sempre a reboque, como se diz. E o pior, é que nos aliamos sempre aos piores, fugindo do mundo que deu certo, ou seja, onde o capitalismo funciona, mesmo com alguns disfarces esquerdistas, como na China e em alguns países europeus, como na França, que ainda reluta assumir sua derrocada (embora o seu presidente atual já esteja, me desculpem, pedindo o penico).

Mas, o que o texto abaixo nos trás de importante é o fato de que atualmente as pessoas inteligentes deste país não se enganam mais com as mentiras das esquerdas e que já não temos vergonha de ir contrário à corrente política que aqui existe desde a redemocratização, que nos levou a crer que fora da esquerda não há salvação, o que nos gerou o capitalismo de estado mais perverso que existe, ou seja, aquele que não pode aparecer claramente porque não tivemos a revolução tão falada por eles, que manteve durante muito tempo uma casta no poder para fazer propaganda enganosa.

O que espero é que nas próximas eleições, a população brasileira, cansada com o que aí estar, dê um sinal que ainda teremos esperança de não nos tornarmos de vez um república bolivariana, como nossos “hermanos”. “Libertas quae será tamem”, mesmo que não venha de Minas Gerais, mas, que venha sem o PT.

Fiquem com o filósofo Pondé, do qual discordo apenas da desesperança e pessimismo dele para as próximas eleições. Eu ainda acho que a popularidade da Dilma vai para o brejo, como foi a de José Serra em 2010. Veremos.

“Se eu pregar que todos que discordam de mim devem morrer ou ficarem trancados em casa com medo, eu sou um genocida que usa o nome da política como desculpa para genocídio. No século 20, a maioria dos assassinos em massa fez isso.

O Brasil, sim, precisa de política. Não se resolve o drama que estamos vivendo com polícia apenas. Mas me desespera ver que estamos na pré-história discutindo ideias do “século passado”. Tem gente que ainda relaciona “socialismo e liberdade”, como se a experiência histórica não provasse o contrário. Parece papo das assembleias da PUC do passado, manipuladoras e autoritárias, como sempre.

O ditador socialista Maduro está espancando gente contra o socialismo nas ruas da Venezuela. Ele pode? Alguns setores do pensamento político brasileiro são mesmo atrasados, e querem que pensemos que a esquerda representa a liberdade. Mentira.

A maioria de nós, pelo menos quem é responsável pelo seu sustento e da sua família, não concorda com o socialismo autoritário que a “nova” esquerda atual quer impor ao país. A esquerda é totalitária. Quer nos convencer que não, mas mente. Basta ver como reage ao encontrar gente inteligente que não tem medo dela.

Ninguém precisa da esquerda para fazer uma sociedade ser menos terrível, basta que os políticos sejam menos corruptos (os da esquerda quase todos foram e são), que técnicos competentes cuidem da gestão pública e que a economia seja deixada em paz, porque nós somos a economia, cada vez que saímos de casa para gerar nosso sustento.

Ela, a esquerda, constrói para si a imagem de “humanista”, de superioridade moral, e de que quem discorda dela o faz porque é mau. Ela está em pânico porque estava acostumada a dominar o debate público tido como “inteligente” e agora está sendo obrigada a conviver com gente tão preparada quanto ela (ou mais), que leu tanto quanto ela, que escreve tanto quanto ela, que conhece seus cacoetes intelectuais, e sua história assassina e autoritária.

Professores pautados por esta mentira filosófica chamada socialismo mentem para os alunos sobre história e perseguem colegas, fechando o mercado de trabalho, se definindo como os arautos da justiça, do bem e do belo.

A esquerda nunca entendeu de gente real, mas facilmente ganha os mais fragilizados com seu discurso mentiroso e sedutor, afirmando que, sim, a vida pode ser garantida e que, sim, a sobrevivência virá facilmente se você crer em seus ideólogos defensores da “violência criadora”.

Ela sempre foi especialista em tornar as pessoas dependentes, ressentidas, iludidas e incapazes de cuidar da sua própria vida. Ela ama a preguiça, a inveja e a censura.

Recomendo a leitura do best-seller mundial, recém publicado no Brasil pela editora Agir, “O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo”; escrito pelo professor Kevin D. Williamson, do King's College, de Nova York. Esta pérola que desmente todas as “virtudes” que muita gente atrasada ou mal-intencionada no Brasil está tentando nos fazer acreditar mostra detalhes de como o socialismo impregnou sociedades como a americana, degradou o meio ambiente, é militarista (Fidel, Chávez, Maduro), e não deu certo nem na Suécia. O socialismo é um “truque” de gente mau-caráter.

As pessoas, sim, estão insatisfeitas com o modo como a vida pública no Brasil tem sido maltratada. Mas isso não faz delas seguidores de intelectuais e artistas chiques da zona oeste de São Paulo ou da zona sul do Rio de Janeiro.

A tragédia política no Brasil está inclusive no fato de que inexistem opções partidárias que não sejam fisiológicas ou autoritárias do espectro socialista. Nas próximas eleições teremos poucas esperanças contra a desilusão geral do país.

E grande parte da intelligentsia que deveria dar essas opções está cooptada pela falácia socialista, levando o país à beira de uma virada para a pré-história política, fingindo que são vanguarda política. O socialismo é tão pré-histórico quanto a escravatura.


Mas a esquerda não detém mais o monopólio do pensamento público no Brasil. Não temos mais medo dela.”

terça-feira, 18 de março de 2014

"Exame de Admissão" ao céu.




Por Carlos Sena. (*)

Gosto de ouvir qualquer pessoa que saiba falar. Acima de tudo saiba o que vai dizer e, efetivamente, comunicar.  As igrejas, no geral, tem bons faladores. Alguns podem se dizerem pastores, padres. Efetivamente o são. Pela sabedoria, pelo compromisso social, pela própria fé. Outros nem tanto. Nesse rol estão os que adoram repetir mentiras pela imaginação equivocada de que elas se transformem em verdade. No bojo da igreja católica, ainda existem falas meio capengas, mesmo considerando que ela, enquanto igreja deu uma melhorada no seu gestual e na sua práxis. A despeito disso, muitos padres e afeiçoados ainda pregam que não nascemos para ser felizes nesta vida. Que a verdadeira felicidade só alcançaremos depois de batermos a caçoleta, ou as botas, como costumamos dizer. Quem estudou sabe e quem não estudou também, que as igrejas sempre gostaram de dinheiro, e muito. Ninguém ignora que a Sistina – principal igreja do Vaticano foi construída pelo papa Sisto na base do “quem der mais vira santo”... E quem deu mais grana para a construção dessa igreja virou santo até que o Pio XII (salvo engano) caçou o mandato de todos eles, porque eles se um dia foram santos o foram do pau oco. Hoje o povo deixou de ser bobo, mas nem tanto. Porque eivados pela fé cega, entregam todas as economias para as igrejas, principalmente as pentecostais e ficam lascados. Esse é o tipo de fé cacófata: fede mais e fede menos.

Voltando a questão da felicidade depois da morte, entendemos ser uma fala anacrônica e infeliz. Consegue ser ridícula em todos os sentidos. Primeiro porque o Criador não é mesquinho, tampouco egoísta e ditador a esse ponto. Na verdade Deus não está nem aí pra nós e foi por isso que nos deu o livre arbítrio. Ele (Deus) por ser grande e tridimensional nos fez pequenos e unidimensionais, ou seja, somos pecadores e teremos que morrer um dia. Depois da morte, sabe Ele, o que será de nós. Fato é que nada nos impede de sermos feliz na terra e isto é possível e muito possível. A questão da salvação da alma não será mais conosco depois de mortos. Porque a alma tem que ser salva quando estivermos vivos. Vivos, certamente só salvaremos a alma se felizes formos. Porque a felicidade em vida tem que considerar nossos pecados e quem nos cerca que são, naturalmente pecadores. Talvez o que se precise dizer é que ninguém conseguirá ser feliz na terra sem descobrir os reais caminhos disso. Caminhos que, certamente, passam pelo amor, pela fraternidade, pelo perdão. Quem, de bom senso, que saiba amar, ser fraterno e perdoar não consegue ser feliz?

Para não ser radical, vamos concordar com as igrejas. Mas, da seguinte forma: teremos que alcançar a felicidade quando passarmos dessa vida para outra. Não sei se será a melhor, mas para a outra vida. Qual o problema se sermos felizes primeiro nessa. Seria um “exame de admissão” ao céu, nem que fosse o da boca, mas o céu. Assim, acreditando que Deus seja mesmo imenso e dono de tudo, certamente que ele é feito água, toma a forma em que a coloquemos. Cada um tendo seu Deus fica melhor de compreender esse “exame de admissão” ao céu, ou seja, é possível ser feliz na terra sim. Se em vida não se pode deixar de sofrer, então busquemos pelo menos momentos felizes e procuremos eternizar esses momentos e, então, teremos sido felizes primeiro aqui. Se depois de mortos não houver  mais nada do outro lado, quem ganhou?

Bom Conselho, 18 de janeiro de 2014.

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 18/01/2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

A semana - PT x PMDB e as alegrias da Dilma




Por Zé Carlos

Esta semana que passou foi marcada pela DR (Discussão da Relação) entre o PT e o PMDB, e o filme do UOL, mostrado abaixo, não poderia fugir disto. Mas, não precisaria dedicar quase todo o filme ao assunto, para não nos matar de tanto rir. Deveriam maneirar. O melhor dele é a trilha sonora e a dança esfuziante da presidenta. Vamos a outro ponto e daqui a pouco voltamos ao filme.

Não, não vamos sair da semana que passou. Muito pelo contrário, se fôssemos os produtores do vídeo tentaríamos colocar nele algo do que se passou no mundo e não no Brasil. Embora pudesse gerar algumas lágrimas, pensamos que o riso se sobreporia se colocássemos assuntos tais como, o desaparecimento do avião da Malásia ou a Guerra da Criméia lá na Ucrânia.

Vocês já pensaram um avião enorme, o Boegin 777, com mais de duzentos pessoas a bordo, aterrissar lá no campo de aviação em Bom Conselho e ninguém ver? E acreditem, depois que deram pelo seu desaparecimento, ele sumir? É mais ou menos o que está se passando lá para as bandas da Ásia. Não seria de morrer de rir se o encontrassem depois lá no Parque de Exposição na hora em que o governador estava de saída para reinaugurar o Açude da Nação? Seria um mistério menor do que aquele que realmente ficou com a queda daquele avião. Pela primeira vez na história do mundo os parentes das vítimas estão rezando para que eles tenham sido sequestrados. Óbvio que, preferencialmente, eles rezam para que os sequestradores sejam europeus ou americanos e levem o avião para Londres ou Miami. Num filme de humor deveria aparecer alguém dizendo que se o levassem para Cuba, preferia a queda. Humor negro, mas, humor!

O outro assunto que não foi abordado pelo filme mas poderia ter sido, levando em conta a exortação de que “Faça humor, não faça a guerra”, é a decisão do Putin, o primeiro ministro Russo, de tomar, na mão grande o que já era dele de fato. Puro enxugamento de gelo. No momento em que escrevemos deve estar havendo um plebiscito na Criméia para dizer se querem ser russos ou europeus. Com a tecnologia eleitoral ainda da União Soviética, uma vitória daqueles que querem ser europeus seria um bom motivo de riso. Não, não para o povo de lá e sim para Putin que apenas trocará a farda dos seus soldados na Criméia pela do exército russo. O motivo de riso é pensar que os europeus queriam a Ucrânia. Se quisessem seria apenas para baixar a renda per capita. Mas, para rir muito mesmo o filme deveria colocar o Putin dizendo: “Eu sou um democrata”, com diz o Maduro.

Agora voltemos ao Brasil que segundo alguns é o país da piada pronta. E sabem que é fácil acreditar nisto? Hoje recebemos um e-mail e como outros tantos não sabemos se o que ele traz reproduz a verdade fielmente. Mas, da mesma forma que a dança da presidenta no filme não é de verdade e leva ao riso, esta frase pronunciada por ela, segundo o e-mail, no discurso do Dia Internacional da Mulher é mais hilária do que a dança: “A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isto abrindo o negócio...”. Damos um tempo para rir, mas, não morram ainda, porque voltamos ao filme.

Como dizíamos, o filme gira muito entre a DR do PMDB e do PT. Pode até ser motivo de riso mas a briga já era esperada. Mais de 10 anos de relação, abrindo negócios, filhos criados, novos amores, ciúmes, etc. só poderiam levar a isto. O PT quer ficar com tudo só para ele e o PMDB reage querendo outros cômodos da casa. Xingamentos e mais xingamentos marcaram toda a semana. Um filho rebelado, o Cunha (que não se perca pela primeira sílaba) quer dormir no quarta da mamãe e ela está reagindo. Ele convocou os irmãos e disse que só com uma rebelião poderiam aplacar a raiva da mãe e ainda ficar com um cantinho no quarto. Eles concordaram e resolveram abrir a porta do banheiro onde os filhos preferidos da mãe estavam fazendo cocô junto com ela. Ficou para esta semana o depoimento deles se o cocô era duro ou mole, porque fedorento todos já sabem que é. Vamos ver em que dá esta DR que sempre ocorreu em épocas de eleição. O problema não é dos filhos mas da família. Pois a família que faz cocô unida permanece unida.

Já o judiciário, vendo que havia dado mais alegrias aos brasileiros do que o PMDB deu a Dilma, resolveu voltar atrás e dizer que alguns mensaleiros não eram quadrilheiros porque não encontraram o chefe. E o PT ficou eufórico com o resultado e quase foi ao delírio quando o João Paulo Cunha (este Cunha só dá alegria à presidenta) foi absolvido da acusação de lavador de dinheiro. A consequência imediata é que ele já foi retirado do local onde trabalhava na Papuda, que era a lavanderia do presídio. Dizem que a Dilma até dançou com a notícia.

Bem, parafraseando nossa presidenta: “Estes comentários ao filme da semana só me dá alegrias”. E teremos mais alegria ainda se for lido por pelo menos um leitor que não seja nós mesmos, mas, chega. Fiquem com o resumo do roteiro produzido pelo UOL e vejam logo abaixo o filme da semana.

“A crise entre o governo e o PMDB se agravou durante a semana. A presidente Dilma Rousseff disse que o partido só lhe dá alegrias, mas depois os peemedebistas liderados pelo deputado federal Eduardo Cunha (RJ) impuseram derrotas ao governo na Câmara. No Supremo Tribunal Federal, chegou ao fim o julgamento dos embargos infringentes dos condenados no processo do mensalão. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) ficou livre da pena por lavagem dinheiro.”